A oposição no Senado espera fechar nesta quarta-feira (2/7) as indicações para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão deve pressionar pela decisão do PL na Câmara, que ainda não definiu quem indicará, principalmente tendo em vista a expectativa de relatoria. O colegiado deve ser instaurado após o recesso parlamentar, que deve ocorrer entre a terceira semana de julho e o início de agosto.
No Senado, a oposição está concentrada no bloco Vanguarda, formado pelo PL e pelo Novo. Calcula-se que esse agrupamento deva ter direito a seis indicações. Até o momento, foram definidos como titulares os senadores Izalci lucas (PL-DF), Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Já os suplentes do bloco bolsonaristas ainda não estão definidos. Segundo apurou o Metrópoles, Rogério Marinho (PL-RN) e Marcos Rogério (PL-RO) são nomes certos, mas a terceira vaga de suplência não foi definida. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) é cotado.
Relembre o que levou à criação da CPMI do INSS
- O Metrópoles revelou um esquema bilionário de desvio no pagamento de aposentados e pensionistas.
- A Polícia Federal deflagrou operação que afastou o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. O ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), caiu em seguida.
- A oposição se movimentou e tentou desgastar o governo Lula, mas descobriu-se que o esquema começou ainda no governo Bolsonaro.
- Mesmo assim, os bolsonaristas apostaram que teriam maioria no colegiado e insistiram na ideia.
- Numa iniciativa coordenada pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) com a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), a oposição conseguiu as assinaturas necessárias.
- O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), leu o requerimento para criar a CPMI. Regimentalmente, ele era obrigado a fazê-lo.
Nikolas cotado para a relatoria
Na Câmara, há ainda mais indefinição sobre os nomes que representarão o PL. Tudo depende de quem o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro tentar emplacar na relatoria. O deputado Nikolas Ferreira (MG) passou a ser visto como alternativa, diante da briga do governo Lula com o Congresso.
Uma ala do partido defende um nome mais experiente, para fazer frente a uma eventual escolha do senador Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência da CPMI do INSS. O amazonense é senador em segundo mandato e já foi governador, sendo considerado um político com bagagem e com perfil mais favorável ao Planalto.
A pressa dos senadores em definir os nomes de oposição é um indicativo para que o PL da Câmara resolva logo seus impasses. Caberá ao líder do partido na Casa, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), escolher quem ficará no colegiado.
Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/%E2%81%A0cpmi-do-inss-oposicao-quer-fechar-indicacoes-nesta-4a-veja-nomes