Sucuri gigante ‘passeia’ por canal de Belém; vídeo

Belém e Pará Moradores da travessa Vileta, no bairro do Marco, em Belém (PA), se depararam com uma cena inusitada nesta semana: uma sucuri de grande porte foi vista nadando tranquilamente em um canal da Leal Martins. O momento foi registrado em vídeo e rapidamente ganhou repercussão. A Polícia Ambiental foi acionada e já planeja uma inspeção no local para garantir o resgate seguro do animal.

As autoridades reforçam que a população não deve se aproximar ou tentar capturar a serpente, já que, apesar de não ser peçonhenta, trata-se de um animal de grande força e potencial de risco.

As sucuris — também conhecidas como anacondas — pertencem ao gênero Eunectes, da família Boidae, a mesma das jiboias e salamantas. O termo “sucuri” não se refere a uma única espécie, mas a quatro espécies diferentes encontradas na América do Sul, sendo três delas presentes no Brasil.

A sucuri-verde (Eunectes murinus) é a maior entre elas e habita diversos biomas brasileiros, incluindo Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Já a sucuri-malhada (Eunectes deschauenseii) ocorre em regiões do Pará, como a Ilha de Marajó e parte do Amapá. A sucuri-amarela ou do Pantanal (Eunectes notaeus) vive principalmente nesse bioma, mas também pode ser encontrada em áreas do Cerrado, Mata Atlântica e Pampa.

Reconhecidas como as maiores serpentes do mundo em massa corporal, as sucuris rivalizam com a píton-malaia em comprimento. O maior exemplar já registrado de sucuri tinha pouco mais de sete metros, embora haja relatos não confirmados de serpentes ainda maiores.

Esses animais possuem hábitos semi-aquáticos, vivendo boa parte do tempo em lagos, rios e igarapés. Seus olhos e narinas ficam posicionados no topo da cabeça, permitindo que fiquem quase submersas enquanto observam o ambiente ao redor — uma adaptação ideal para caçar por emboscada.

Apesar de não serem venenosas, as sucuris usam a força muscular para capturar e matar suas presas. Elas se enrolam em torno do animal, imobilizando-o até provocar asfixia ou falência cardiorrespiratória, antes de engoli-lo inteiro.

A presença da sucuri em áreas urbanas pode ser resultado de desequilíbrios ambientais, e reforça a importância do cuidado com os ecossistemas naturais.

Confira o vídeo a seguir que circula nas redes sociais

Fonte: https://diariodopara.com.br/belem/sucuri-gigante-passeia-por-canal-de-belem-e-impressiona-moradores-confira-o-video/