Sete anos após incêndio, Museu Nacional reabre

Sete anos após o incêndio que devastou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o público volta a ter acesso ao histórico Paço de São Cristóvão. A reabertura parcial, iniciada nesta quarta-feira (2), marca a primeira visitação desde o início das obras de reconstrução do edifício, em 2018.

Até o dia 31 de agosto, os visitantes poderão conferir a mostra “Entre Gigantes: Uma Experiência no Museu Nacional”, com entrada gratuita mediante agendamento prévio na plataforma Sympla. A iniciativa oferece um vislumbre do futuro da instituição e de sua trajetória de reconstrução.

Um dos grandes destaques da exposição é o esqueleto de um cachalote de 15,7 metros, suspenso sob a nova claraboia da escadaria monumental — a maior estrutura desse tipo já exibida na América do Sul. A peça chama atenção pela imponência e simboliza a força do renascimento do museu.

Outra atração importante é a sala onde se encontra o meteorito Bendegó, um dos poucos itens do acervo original que resistiram ao incêndio. Ele divide espaço com outros meteoritos e com obras do artista indígena Gustavo Caboco, criadas em parceria com seus familiares Wapichana, utilizando o Bendegó como inspiração.

A visita inclui ainda um espaço dedicado à reconstrução do museu, com esculturas e ornamentos originais recuperados, além de registros do trabalho de restauro e informações sobre a história da instituição e os planos para o futuro.

As visitas ocorrem de terça a domingo, com vagas limitadas. Após o encerramento da temporada, as obras nos espaços reabertos serão retomadas. O processo de restauração do Paço de São Cristóvão tem sido realizado por etapas, com investimento de R$ 50,6 milhões repassados pelo Ministério da Educação (MEC). A previsão é que o museu volte a funcionar plenamente até 2028.

A reabertura parcial é mais do que uma exposição — é um marco simbólico na jornada de reconstrução de uma das instituições científicas e culturais mais importantes do país.