Entidades patronais do transporte público em São Paulo cobraram do governo estadual e da Prefeitura de São Paulo providências para apurar os casos de vandalismo contra ônibus e de proteção de passageiros e funcionários que trabalham nas linhas. As organizações se pronunciaram em carta endereçada nesta terça-feira (1º) à Secretaria Municipal de Segurança Pública, ao prefeito Ricardo Nunes e à Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Na mensagem encaminhada às autoridades governamentais, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), que representa as concessionárias de transporte de passageiros da cidade, relata que as investidas já provocam medo, tanto em passageiros como em trabalhadores, “diante da constante ameaça de serem vítimas de apedrejamentos ou agressões semelhantes”.
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A carta menciona que os ataques aconteceram nas últimas semanas e que, apesar disso, até o momento, não foi levantada hipótese sobre a motivação por trás dos episódios nem “causa declarada”.
O SPUrbanuss pede reforço no policiamento, sobretudo em paradas de ônibus, corredores e terminais, “onde costumeiramente ocorrem os ataques”. A direção do sindicato pediu, ainda, reunião com porta-vozes das duas pastas.
Em nota de repúdio com teor idêntico ao do SPUbanuss, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do ABC também exigiu medidas urgentes para responsabilizar os autores dos crimes.
A entidade entende que “atos de violência e vandalismo são inaceitáveis sob qualquer justificativa e representam um atentado direto ao direito de ir e vir da população, especialmente das pessoas que utilizam o transporte público como principal meio de locomoção para o trabalho, estudo e outras atividades do dia a dia”.
De acordo com informações da prefeitura, entre 12 e 30 de junho, 179 veículos do sistema municipal foram depredados. A orientação dada pela SPTrans foi a de que as concessionárias, ao tomar conhecimento de algum caso, comuniquem imediatamente os detalhes à Central de Operações e prestem queixa à Polícia Civil.
Em informe encaminhado à Agência Brasil, a SSP informou que o efetivo em determinadas áreas já foi fortalecido e que a 6ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), está comandando a investigação.
“A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) também está envolvida nas investigações, para monitorar a atuação dos criminosos em plataformas digitais. Paralelamente, o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) vai se reunir com representantes das empresas de transporte para discutir estratégias para o enfrentamento das ações criminosas”, disse a SSP.
O Metrô de São Paulo e a ViaMobilidade foram procurados pela reportagem para informar se houve oscilação no fluxo de passageiros como resultado de eventual esvaziamento das linhas de ônibus, que possam atribuir à onda de violência, e aguarda as manifestações.
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-07/sindicatos-paulistas-cobram-autoridades-acoes-contra-ataques-onibus