ESCÂNDALO! denúncia expõe esquema milionário na Prefeitura de Timon-MA

Foto: Reprodução –

O irmão do prefeito de Timon-MA, Rafael Leitoa (nome de origem), Gabriel Leitoa é denunciado no escândalo

O irmão do prefeito de Timon (MA), Gabriel Brito, está sendo denunciado por atuar diretamente no favorecimento da empresa M.F Distribuidora e Livraria LTDA, localizada no bairro Vermelha, em Teresina (PI), em dois contratos milionários firmados sem licitação com a Prefeitura. Ao todo, os contratos já foram integralmente pagos, somando R$ 12 milhões retirados dos cofres públicos.

A gravidade do caso ultrapassa o campo da suspeita: não houve licitação, instrumento obrigatório para garantir transparência e concorrência justa na administração pública. A única justificativa legal para essa dispensa seria a exclusividade da fornecedora — algo que não está comprovado. Ainda assim, a M.F Distribuidora foi escolhida, e os contratos executados com rapidez incomum.

Qual o real motivo para se contratar uma empresa sem licitação em valores tão altos?

A resposta pode estar na atuação de Gabriel Brito, apontado nos bastidores como o verdadeiro “homem forte” da prefeitura, com grande poder de decisão e influência sobre os contratos e compras da gestão municipal. Fontes locais afirmam que ele exerce um papel que vai muito além de irmão do prefeito Rafael Brito: ele representa oficialmente o gestor em eventos institucionais e despacha como se fosse parte da administração.

Um exemplo concreto está registrado em uma matéria publicada no site da AGED-MA, intitulada:
“AGED realiza reunião estratégica para a regularização dos estabelecimentos de origem animal em Timon”, onde Gabriel Brito aparece representando o prefeito em uma agenda oficial.

As compras, que teriam como finalidade a aquisição de materiais didáticos, causam ainda mais estranheza pelo valor envolvido: R$ 12 milhões em livros, com pagamentos realizados em tempo recorde — apenas dois meses após a assinatura dos contratos.
Esse volume de recursos levanta questões que não podem ser ignoradas:

  • Os materiais adquiridos realmente valem esse montante?

  • Houve estudo de mercado, pesquisa de preços, ou consulta a outros fornecedores?

  • Por que a empresa escolhida tem sede em outro estado e ligação indireta com grupos locais?

Mais do que suspeitas administrativas, a denúncia aponta para um possível caso de tráfico de influência, favorecimento pessoal e uso indevido de recursos públicos. Tudo isso em um setor sensível como a educação, onde faltam recursos para o básico em muitas escolas do município.

Enquanto isso, a população de Timon — que convive diariamente com precariedades nos serviços públicos — exige explicações. A denúncia repercutiu fortemente nas redes sociais e nas ruas da cidade, ampliando a pressão por esclarecimentos e providências.

É dever do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e de outros órgãos fiscalizadores investigar com rigor essas contratações suspeitas, apurando a legalidade, os vínculos entre os envolvidos, e os reais beneficiários dos contratos.

A prefeitura não é empresa privada. A gestão pública não pode ser conduzida como se fosse um negócio de família. A transparência não é um favor: é obrigação.

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