Estresse pode aumentar chances de Alzheimer, aponta estudo

 

Estudo publicado na revista científica Alzheimer’s Research & Therapy , em outubro de 2023, sugeriu que o estresse crônico pode ser um fator responsável por aumentar o risco de Alzheimer , e que essas chances dobram quando o paciente tem um diagnóstico prévio de estresse.

Em pacientes com estresse crônico e depressão , o risco de Alzheimer foi até quatro vezes maior.

Pesquisa anterior, publicada no Journal of the American Medical Association (Jama), aponta que adultos que vivem sob maior tensão têm mais chances de experimentar declínio mental e perda de memória na velhice.

O novo estudo se destaca por ser um dos poucos a avaliar um número considerável de pacientes: os autores acompanharam quase 25 mil voluntários com mais de 45 anos ao longo de quatro anos. No final, aqueles que tinham maior pontuação nos níveis de tensão desempenhavam pior resultado nos testes de memória.

O neurologista José Guilherme Schwam Júnior, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, comenta a ligação entre os problemas. “Alguns estudos mostram que o estresse prolongado aumenta os níveis de cortisol e pode contribuir para a diminuição da espessura de parte importante do cérebro, a substância cinzenta, levando ao risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Além disso, o estresse aumenta o risco cardiovascular, outro fator importante que é a causa de doenças neurológicas”, explica.

Prevenção

Atualmente, o estresse é muito comum na sociedade por conta da rotina agitada. O médico orienta sobre como lidar com ele. “Valorizar menos as redes sociais e mais o convívio pessoal, além de praticar exercício físico pode ajudar bastante a diminuir ou minimizar os efeitos do estresse. Dormir ao menos 7 a 8 horas por noite também é fundamental. Quem dorme menos ou dorme mal tem maiores chances de estresse”, diz.

José Guilherme também dá dicas para prevenção do Alzheimer. Segundo ele, “a gente consegue diminuir os fatores de risco para causar demência de Alzheimer, que são uma alimentação mais saudável, com menos carboidrato, menos fritura, menos gordura, menos açúcares e mais comidas frescas, como frutas e verduras orgânicas, azeite extra virgem, castanha e mais peixes como atum, sardinha e salmão”.

O médico também recomenda o exercício físico, pelo menos três vezes por semana, no cuidado preventivo do Alzheimer. “O ideal seria combinar aeróbico com peso, academia, por exemplo. Uma boa noite de sono e controlar outros fatores de risco, como hipertensão, diabetes, aumento de colesterol”.

Estímulos cognitivos

Para o médico, estímulos cognitivos, como “leitura de livros, realização de jogos de dominó, baralho, quebra-cabeça, palavras cruzadas, aprender uma nova língua, um novo instrumento musical, um novo curso, uma pós-graduação”, ajudam a diminuir ou a minimizar os riscos de desenvolver a demência de Alzheimer.

Fonte: IG

Fonte: https://ajn1.com.br/urbano/estresse-pode-aumentar-chances-de-alzheimer-aponta-estudo/