A história de um dos refrigerantes mais tradicionais do Nordeste foi destaque no programa Conexões, apresentado por Ricardo Bezerra, na Jovem Pan News Fortaleza, nesta segunda-feira (7). A entrevistada foi Teresinha Lisieux, diretora administrativa do Grupo São Geraldo Refrigerantes, que compartilhou os bastidores do crescimento da empresa, nascida em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará.
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Fundado em 1961 por José Amâncio de Souza, o Grupo São Geraldo surgiu da aquisição de uma antiga fábrica de bebidas, ainda na época sem energia elétrica. Com a chegada da eletricidade ao município, foi possível iniciar a gaseificação da cajuína, dando origem ao refrigerante de caju que, anos depois, se tornaria símbolo do Cariri. “Ele começou com uma máquina manual e, aos poucos, foi adquirindo equipamentos e modernizando a produção”, lembrou Teresinha.
O que começou com uma pequena operação e apenas 22 funcionários, hoje é uma indústria que emprega diretamente 724 pessoas e produz cerca de 75 milhões de litros por ano. Em 2024, o grupo alcançou um faturamento de R$ 316 milhões.
Com a morte de José Amâncio, em 2002, a gestão da empresa foi assumida por sobrinhos e outros familiares, que adotaram um modelo de governança baseado em cinco holdings. Segundo Teresinha, o foco na profissionalização e o respeito ao legado do fundador foram fundamentais para o equilíbrio na sucessão. “Sempre colocamos a empresa em primeiro lugar. A governança foi essencial”, afirmou.
Além da tradição, o Grupo São Geraldo também investe em inovação. Uma das ações de maior repercussão foi o lançamento de uma coleção de latas com ícones culturais do Nordeste, que conquistou o prêmio internacional IF Design, na Alemanha. Mais recentemente, a empresa atendeu à demanda do público e lançou o refrigerante de caju zero açúcar, desenvolvido após um ano e sete meses de testes.
A qualidade, segundo a diretora, é um dos principais pilares da marca. Com maquinário importado da Alemanha e da Itália, o processo de produção é totalmente automatizado e rigoroso no controle das matérias-primas. “Nenhum ingrediente entra na linha de produção sem passar por testes laboratoriais. Nosso padrão é equivalente ao das maiores indústrias do setor”, garantiu.
Com forte presença no Ceará e em outros estados do Nordeste, a marca também já atua em regiões do Sudeste, como São Paulo, onde mantém vendas diretas em mais de 90 pontos comerciais. “Nosso refrigerante é carregado de identidade e afeto. Para muitos, representa a memória afetiva das férias no Nordeste”, comentou Teresinha.
Entre os planos futuros estão a ampliação do portfólio com novos sabores e a expansão da marca no mercado nacional. Mesmo com propostas para aquisição, a diretora garante que a empresa continuará nas mãos da família. “A São Geraldo é um patrimônio de Juazeiro e do nosso povo. Trabalhamos com amor e compromisso para manter essa história viva”, destacou.
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