Ônibus Elétricos em Belém: Onde estão e por que ainda não estão circulando?

Os cinco ônibus elétricos que a Prefeitura de Belém comprou recentemente, que com a comprovação pelo Tribunal de Contas dos Municípios que a aquisição teve superfaturamento, ainda não estão rodando à serviço dos usuários do sistema de transporte público da capital. E nem deverão começar a circular nesta semana.

A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou que realizará nesta segunda, 9, teste na via expressa do BRT com itinerário conectando os terminais Mangueirão e São Brás com os veículos.

‘Os testes com ônibus elétrico vão continuar sendo feitos no decorrer desta semana, acompanhados pelos técnicos da empresa fabricante dos veículos e da Semob, para avaliação do equipamento nos períodos de picos e entrepicos de trânsito, bem como do desempenho e segurança na circulação do veículo’, informa o órgão, dando a entender que nesta semana possivelmente não haverá ainda a ‘estreia oficial’ dos ônibus elétricos.

O ATRASO
O TCM ordenou a suspensão dos pagamentos à empresa que vendeu os ônibus por superfaturamento. Porém, não invalidava a utilização dos veículos, mas a Prefeitura não iniciou o processo de treinamento de seus pessoal, bem como realizou testes nos itinerários, entre outros. Os cinco ônibus foram apresentados no dia 2 de julho e, dois meses depois, a população não pode ainda usufruir da novidade.

A prefeitura justificou a demora devido à ação do TCM, mas o próprio Tribunal deixava claro que a implantação e operação dos veículos poderiam seguir seus cursos, o que pelo visto não ocorreu.

Foi assinado um Termo de Compromisso assinado entre a empresa TEVX Motors Groups Ltda e a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) para compra de ônibus elétricos e carregadores, bem como o projeto-piloto da fase experimental de operação desses veículos nas linhas de transporte público da capital, e o plenário do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCMPA) revogou, por unanimidade, a medida cautelar que, na prática, paralisava o andamento do contrato de aquisição dos coletivos.

Os cofres da capital e a população serão ressarcidos por meio da operação assistida e treinamento no valor de R$ 1,7 milhão; assessoria para contratação e instalação dos carregadores na ordem de R$ 217,3 mil; retirada e destinação final das baterias da vida útil dos ônibus adquiridos, que ainda serão orçadas pela empresa TEVX, já que ela alegou ser um serviço novo sem condições de mensuração financeira no ato da assinatura do Termo de Compromisso.

Fonte: https://diariodopara.com.br/belem/onibus-eletricos-em-belem-onde-estao-e-por-que-ainda-nao-estao-circulando/