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A Polícia Federal (PF) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para revogar os benefícios concedidos no acordo de delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ministro Alexandre de Moraes solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisasse o caso. Somente após essa avaliação, o ministro decidirá se atenderá a um eventual pedido da PF para decretar a prisão de Cid.
O pedido da PF refere-se à anulação dos benefícios da delação premiada, como redução de pena e cumprimento das sanções em regime domiciliar, sem invalidar o conteúdo da delação em si. Os depoimentos de Cid trouxeram várias informações ao longo das investigações, sendo complementados por provas, indícios e perícias.

Entre as condições impostas a Mauro Cid estão o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com outros investigados. No entanto, em um depoimento dado nesta terça-feira (19), ele negou ter conhecimento de qualquer plano para um golpe de Estado em dezembro de 2022. Segundo informações da TV Globo, os investigadores não ficaram satisfeitos com o depoimento, colocando em risco a manutenção do acordo de delação.
Cid também declarou não estar a par de todos os elementos revelados pelas investigações, que culminaram na operação realizada nesta terça-feira (19), resultando na prisão de quatro militares e um policial federal.
A investigação da PF aponta que Cid e o general da reserva Mário Fernandes, preso na mesma operação, trocaram mensagens sobre supostas ações golpistas. Em uma das conversas, o general afirmou ter dialogado com Bolsonaro, que teria dito que “qualquer ação” poderia ocorrer até o último dia de 2022.
Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/pf-pede-ao-stf-anulacao-dos-beneficios-da-delacao-de-cid/