Turismo de base comunitária gera R$ 6,3 milhões no Amazonas

Empreendimentos de turismo e pesca esportiva apoiados pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) geraram um faturamento de R$ 6,3 milhões entre janeiro e novembro de 2024.

A iniciativa beneficiou 25 comunidades nas regiões do Baixo Rio Negro e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, destacando a importância do Turismo de Base Comunitária (TBC) para a economia local e a conservação da floresta.

Resultados por região

Na região do Baixo Rio Negro, foram 17 empreendimentos de turismo apoiados, que geraram um faturamento bruto de R$ 4,56 milhões. A região recebeu um fluxo de 5.910 turistas, beneficiando nove comunidades locais.

Já durante a temporada de pesca esportiva na RDS do Uatumã, foram 12 os empreendimentos do ramo apoiados pela FAS, resultando em um faturamento bruto de R$ 1,74 milhão e um fluxo de 350 turistas. Ao todo, oito comunidades foram beneficiadas com a atividade

Capacitações e intercâmbio

A FAS promoveu capacitações em gastronomia para 22 mulheres da comunidade Tumbira, no Baixo Rio Negro, ensinando técnicas de preparo com ingredientes regionais e o uso de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs). Além disso, um intercâmbio entre alunos da Universidade Nilton Lins e comunitários ribeirinhos fortaleceu o conhecimento sobre TBC.

Foi ofertado o curso de arrais amador para 26 comunitários que atuam com pesca esportiva na RDS do Uatumã. Arrais Amador é uma habilitação náutica que permite a condução de embarcações recreativas, como lanchas, barcos de pesca e veleiros, em águas abrigadas (rios, lagos e baías).

Resiliência e sustentabilidade

Roberto Brito, proprietário da Pousada do Garrido na comunidade Tumbira, destacou a importância do TBC para a geração de renda e a conservação da floresta.

“O turismo de base comunitária agrega os três pilares da sustentabilidade, o econômico, o social e o ambiental. Ninguém quer vir de fora ver a natureza destruída, o rio poluído, a floresta queimada. Quanto mais conservado, mais clientes e mais renda. É uma parte que gera muito resultado positivo. Nosso empreendimento faz esses avanços para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que trabalham com isso”, explica o empreendedor.

Wildney Mourão, gerente do Programa de Empreendedorismo da FAS, reforçou que o TBC é uma ferramenta essencial para combater os efeitos das mudanças climáticas.

“Estamos enfrentando eventos climáticos extremos que mostram cada vez mais a importância de manter a floresta em pé para combatermos os efeitos das mudanças climáticas. O TBC é uma das alternativas econômicas neste cenário, pois é uma atividade sustentável, que gera emprego e renda, fomenta os empreendimentos  locais e promove a valorização da biodiversidade, envolvendo as comunidades e os turistas que vêm conhecer a nossa região. Os resultados dos empreendimentos de turismo apoiados pela FAS, mesmo num cenário desafiador de seca, demonstram a importância dessa atividade e que é sim possível gerar renda de forma sustentável  sem prejudicar a floresta”, declarou. 

(*) Com informações da assessoria

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Fonte: https://emtempo.com.br/372073/amazonas/turismo-de-base-comunitaria-gera-r-63-milhoes-no-amazonas/