O governo aprovou nesta quinta-feira (25) a distribuição de R$21 bilhões em dividendos extraordinários da Petrobras. A proposta completa a distribuição de 50% do lucro excedente de R$43 bilhões no ano de 2024.
A União, que tem a maioria das ações, deve receber cerca de 6 bilhões dos aproximadamente 22 bilhões de reais do pacote.
Em março, o Conselho anunciou a decisão de reter o repasse de dividendos extras, referentes ao lucro de 2023. A decisão não agradou o mercado e iniciou-se uma nova polêmica.
A diretoria da Petrobras chegou a propor o pagamento de metade do valor, mas os representantes do governo votaram contra o plano, que acabou rejeitado.
Uma reunião do Conselho de Administração na última sexta-feira (19) pontuou que a capacidade de financiamento de projetos da empresa subiu de 6,5% para 85%, o que permitiria a distribuição dos dividendos extraordinários sem prejudicar a sustentabilidade financeira.
A forma de distribuir dividendos consta da Política de Remuneração aos Acionistas, aprovada em julho do ano passado. Ela estabelece que , em caso de dividendo igual ou inferior a 65 bilhões de dólares, a Petrobras fica responsável por distribuir aos acionistas 45% do fluxo de caixa livre. Desde 2011, o índice era de 60%.
Nos últimos anos, a Petrobras não se furtou a pagar dividendos elevados, até mesmo para o padrão das principais companhias internacionais. A dinâmica justificou o interesse de investidores de fora, atentos aos altos valores pagos por cada ação.
Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/petrobras-aprova-distribuicao-de-50-de-dividendos-extras