O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), com apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), multou em R$ 1,625 milhão o proprietário de um imóvel rural em Rio Preto da Eva, a 57 quilômetros de Manaus. A ação, realizada na segunda-feira (14), teve como foco diversas infrações ambientais identificadas na região do Distrito Agropecuário da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), no subramal ZF 01A.
A operação começou após o Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP) do Ipaam detectar, por meio de imagens de satélite, alterações significativas na área. Ao chegar ao local, os agentes confirmaram a supressão ilegal de 141 hectares de floresta nativa. Também encontraram criações irregulares de aves, suínos, bovinos, carneiros e atividades de piscicultura, todas sem licença ambiental.
Infrações e multas aplicadas
O Ipaam aplicou as seguintes penalidades:
- R$ 705 mil pela derrubada não autorizada da vegetação nativa;
- R$ 600 mil pela criação de animais sem licença;
- R$ 300 mil pelo funcionamento de tanques de piscicultura sem cadastro ambiental;
- R$ 20 mil por manter quatro tracajás (Podocnemis unifilis) retirados ilegalmente da natureza.
Além disso, o proprietário foi autuado por maus-tratos. Os tracajás estavam em tanque com água suja e sem condições adequadas. A equipe técnica transferiu os animais, sob supervisão, para um local provisório mais apropriado.
Tecnologia e resposta rápida
“Essa operação demonstra como o uso de tecnologia de monitoramento por satélite tem sido fundamental para coibir crimes ambientais, mesmo em áreas remotas. A resposta rápida da equipe técnica, com apoio do Batalhão Ambiental, mostra o comprometimento do Estado com a proteção de nossa biodiversidade”, afirmou Gustavo Picanço, diretor-presidente do Ipaam.
Durante todo o dia, a equipe do instituto realizou levantamentos técnicos, registros fotográficos e coleta de informações para embasar os processos administrativos e judiciais. As atividades irregulares foram embargadas. O proprietário foi notificado das obrigações legais relacionadas à guarda provisória dos animais silvestres, sendo nomeado fiel depositário.
Custódia e próximas ações
Enquanto for fiel depositário, o infrator está proibido de vender, transferir ou explorar os animais. A medida visa garantir o bem-estar até a remoção definitiva para um espaço licenciado.
A Gerência de Fiscalização Ambiental (Gefa) informou que a área seguirá sob monitoramento. Novas fiscalizações estão previstas para outras localidades da Região Metropolitana de Manaus.
“Seguiremos firmemente para evitar qualquer tipo de crime contra o meio ambiente. A população pode esperar de nós vigilância e ação energética sempre que houver ameaça à nossa fauna e flora”, reforçou Picanço.
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Fonte: https://emtempo.com.br/392200/amazonas/fiscalizacao-ambiental-aplica-r-16-milhao-em-multas-por-crimes-em-rio-preto-da-eva/