“Papa amava a padroeira do Brasil“, diz arcebispo de Aparecida

O arcebispo da Basílica de Aparecida, Dom Orlando Brandes, prestou uma homenagem ao falecido papa Francisco em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (21). Brandes ressaltou o legado do pontífice e sua relação especial com o Brasil, particularmente com Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país.

Segundo o arcebispo, o papa Francisco demonstrava um profundo amor pela padroeira brasileira durante suas visitas ao país. “O papa amava Nossa Senhora Aparecida e nosso povo também ama”, afirmou Brandes.

Um pontificado marcado pelo diálogo e proximidade

Dom Orlando Brandes descreveu Francisco como “um papa do diálogo com o mundo, fiel à Igreja, que ama o povo de Deus”. Ele enfatizou o compromisso do pontífice em estar próximo às pessoas, citando uma frase frequentemente usada por Francisco:

“Os padres e os bispos devem ter o cheiro do povo”, disse.

O arcebispo também mencionou os importantes documentos produzidos durante o pontificado de Francisco, incluindo cartas sobre figuras religiosas como Blaise Pascal, Santa Teresinha e São Jerônimo.

Brandes afirmou que esses escritos focavam em temas como amor e mística, refletindo a abordagem humanista do papa.

Legado de humildade e compaixão

Um aspecto marcante do pontificado de Francisco, segundo Brandes, foi sua disposição em mostrar vulnerabilidade, especialmente nos últimos meses de vida.

“É o humanismo do papa, esse papa é muito humano, ele não esconde as coisas”, declarou o arcebispo.

Brandes também mencionou o “dom das lágrimas” do papa, sua capacidade de se comover com o sofrimento alheio, especialmente em relação às vítimas de guerras e conflitos. O arcebispo enfatizou o compromisso de Francisco com questões sociais, como a economia inclusiva e a educação global.

Ao concluir, Dom Orlando Brandes pediu orações pelo novo papa e expressou gratidão pelo legado de Francisco, descrevendo-o como “um papa pé no chão, místico, que realmente dialogou com a humanidade e principalmente sofreu as dores da humanidade”.