Um tremor de terra de magnitude 2,5 na escala Richter atingiu a cidade de Betim, localizada na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais. O caso foi registrado na noite desta terça feira (22), às 22h05.
O abalo sísmico de baixa magnitude foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisado pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).
De acordo com um usuário da plataforma “Sentiu aí?” do Centro de Sismologia da USP, “a sensação era de uma porta batendo muito forte e tudo tremendo”. Outro internauta ainda disse que houve um “estrondo bem alto. O chão, as janelas e as portas vibraram. Os cachorros também sentiram o tremor e ficaram muito assustados”.
Segundo o professor Bruno Collaço, sismólogo do Centro de Sismologia da USP, tremores com magnitude entre 2 e 3 acontecem semanalmente em alguma parte do Brasil, enquanto eventos um pouco maiores, são registrados quase todos os meses. Ele afirma que apesar de chamarem a atenção, esses tremores são mais comuns do que se imagina.
“Esses eventos naturais são causados principalmente por grandes pressões que atuam no interior da Terra. O tremor que as pessoas sentem é o resultado de um deslizamento repentino ao longo de falhas ou fraturas na crosta terrestre, provocado por essas pressões acumuladas. Tremores dessa magnitude tem poucas chances de causar danos mais sérios”, completou Bruno.
Entenda a escala Richter
Os cientistas usam a “escala de magnitude de momento” para categorizar a força e o tamanho dos terremotos de uma forma mais precisa do que a “escala Richter”, usada há muito tempo, afirma o Serviço Geológico dos EUA.
Esta escala de magnitude de momento é baseada no “momento sísmico” do terremoto, que explica o quanto a crosta terrestre se desloca em um terremoto, o tamanho da área ao longo da fissura da crosta e a força necessária para superar o atrito naquele local, juntamente com o ondas sísmicas que a mudança cria.
A magnitude do momento será maior se houver mais atrito e deslocamento ao longo de uma distância maior.
As ondas sísmicas são medidas por sismógrafos, que utilizam um pêndulo preso a uma mola que se move com o tremor da Terra, gerando uma espécie de gráfico denominado sismograma.
A magnitude é classificada em 10 números, com cada aumento de número inteiro igual a 32 vezes mais energia liberada.
Medindo a intensidade de um terremoto
A intensidade de um terremoto é medida usando a “Escala Mercalli Modificada” de intensidade, ou MMI.
Ele mede a força do abalo de um terremoto em locais específicos ao redor de seu epicentro – o ponto na superfície da Terra diretamente acima da origem subterrânea do terremoto.
A escala MMI usa algarismos romanos para determinar a intensidade de um terremoto com base em avaliações de danos estruturais e relatórios de observadores.
É importante considerar a intensidade, uma vez que o terreno, a profundidade, a localização e muitos outros fatores desempenham um papel significativo na devastação que um terremoto pode causar.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/mg/tremor-de-terra-atinge-cidade-da-grande-belo-horizonte/