O clima foi de tensão na Câmara do Rio nesta terça-feira (20). Três atos de protestos foram realizados na Casa durante audiências públicas que discutiam projetos de interesse da população.
O primeiro ato ocorreu pela manhã, durante a audiência pública da Comissão de Turismo sobre o projeto de Lei que prevê um estatuto da Orla carioca, para ordenamento e padronização. Mais cedo, o prefeito Eduardo Paes publicou um decreto proibindo músicos nos quiosques, o que fez quiosqueiros irem ao Palácio Pedro Ernesto se manifestarem contra a medida.
O vereador Leonel de Esquerda (PT) propos um projeto de Lei para derrubar o decreto de Eduardo Paes. Segundo o petista, que preside a Comissão de Trabalho, a norma prejudica o faturamento dos quiosques e as pessoas que trabalham com arte e sustentam famílias com a música.
Na parte de tarde, foi a vez de questão da contratação de temporários armados pela Prefeitura para auxiliar o trabalho da Guarda Municipal. O protesto foi na Cinelândia e uniu o ex-vereador Jones Moura, que foi do partido de Paes na gestão passada, ao opositor do Governo Rafael Satiê (PL). O ato exigia armamento exclusivos aos servidores concursados da corporação.
Já dentro da Casa, a votação do projeto de lei dos vereadores Rogerio Amorim (PL), Rosa Fernandes (PSD) e Marcio Santos (PV), que obriga unidades hospitalares, instituições de saúde, clínicas de planejamento familiar e outros estabelecimentos a afixar placas ou cartazes informativos sobre o aborto movimentou as galerias, causando atritos entre lideranças sociais convocadas pela líder do Psol, Thais Ferreira, e de grupos do Movimento Pró-Vida, ligado a vereadores do PL
A proposta foi aprovada em 2ª votação e segue para sanção do prefeito Eduardo Paes. Thais Ferreira questionou a votação, alegando constrangimento, uso de fake news e que o projeto seria inconstitucional.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/protestos-marcam-trabalho-da-camara-do-rio-nesta-terca-feira-20/