O ex-deputado José Dirceu manifestou seu apoio ao ex-ministro Edinho Silva na disputa pela presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), por meio de uma carta aberta à militância divulgada nesta segunda-feira (26). Na mensagem, Dirceu exalta a trajetória e a experiência política de Edinho, e reforça a necessidade de fortalecer a esquerda para enfrentar os desafios atuais do Brasil.
“Edinho tem uma vasta experiência na direção do PT e nos governos que dirigiu e participou”, afirma o ex-ministro-chefe da Casa Civil durante o primeiro governo Lula. Segundo Dirceu, Edinho “conhece o mundo parlamentar e vem de uma vida de lutas, nas pastorais da juventude e operária da Igreja Católica”, ressaltando sua trajetória de compromisso social e político.
Ao desistir da disputa, Quaquá fortaleceu candidatura de Edinho
Edinho Silva foi recentemente chancelado pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) como candidato praticamente unânime no diretório nacional do PT, em Brasília. A desistência do prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, contribuiu para fortalecer sua candidatura, que conta ainda com o apoio informal do presidente Lula. Embora o ex-presidente não participe diretamente da disputa interna, ele indicou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, para atuar na interlocução política em favor do ex-ministro de Dilma Rousseff.
Na carta, José Dirceu destaca a necessidade de “unificar a esquerda” e, ao mesmo tempo, ampliar as alianças políticas para além da centro-esquerda. Ele argumenta que “a conjuntura e as condições que governamos exigem de nós a capacidade de fazer alianças mais amplas que a centro-esquerda”, sinalizando um pragmatismo político que busca englobar setores mais moderados para garantir avanços no governo.
Centrar forças contra o neofascismo
Além da estratégia de aliança, Dirceu reafirma as bandeiras tradicionais do PT e dos governos progressistas. Ele enfatiza a importância de enfrentar o bolsonarismo e o que chama de “neofascismo”, e lembra que a pauta do governo Lula deve incluir a taxação das grandes fortunas, revisão do Imposto de Renda e a reforma agrária. Segundo ele, “ao PT e às esquerdas resta a tarefa histórica de concluir a revolução social brasileira inacabada”.
Dirceu ainda destaca duas condições fundamentais para essa transformação: “a soberania e independência nacional, de um lado, e a democracia, de outro, num mundo onde precisamos ter lado, lutar contra a extrema-direita e o neofascismo”. A mensagem reforça um compromisso tanto com a profundidade das mudanças sociais quanto com a defesa das instituições democráticas.
Rui Falcão é o principal adversário de Edinho
Na disputa interna pelo comando do PT, o principal adversário de Edinho Silva é o deputado Rui Falcão (PT-SP), ex-presidente do partido. Falcão tem criticado o que chama de “institucionalização” da chapa encabeçada por Edinho, que teria o aval do Planalto, e defende uma retomada do partido mais à esquerda, em oposição ao diálogo ampliado que Edinho e Dirceu pregam.
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