O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (30), durante o 2º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal em Fortaleza (CE), que conta com o apoio de um “país lá do norte” — em clara referência aos Estados Unidos — para reverter sua atual situação política no Brasil.
“Tenho certeza de que venceremos. Não é fácil, mas nós venceremos, com ajuda de Deus e também com ajuda de outro país lá do norte. Enganam-se aqueles achando que só nós temos condições de reverter esse sistema. Não temos. Precisamos de ajuda de terceiros. E tem vindo na hora certa”, disse Bolsonaro em tom de confiança, destacando a importância do suporte internacional para a sua estratégia política.
Bolsonaro cita Eduardo e diz contar com ajuda dos EUA
Declaração de Bolsonaro ocorre em meio a anúncios de que os Estados Unidos podem sancionar autoridades brasileiras
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— Metrópoles (@Metropoles) May 30, 2025
Durante o discurso, o ex-presidente também celebrou o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, comparando sua derrota na eleição de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à situação vivida pelo republicano em 2020. “Ele sofreu quando perdeu as eleições, e aqui, de forma semelhante, outra pessoa assumiu a Presidência”, afirmou Bolsonaro, traçando um paralelo entre as duas derrotas eleitorais, segundo o Diário do Centro do Mundo.
A fala de Bolsonaro ocorre em um contexto de crescente tensão entre seu entorno político e o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente após declarações e ações recentes que indicam a possibilidade de sanções americanas a autoridades brasileiras, como ameaçou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio.
Essa fala sugeriu que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, pode ser um dos sancionados, com base na Lei Global Magnitsky — legislação dos EUA que pune violações de direitos humanos e corrupção.
Filho de Bolsonaro está nos EUA desde março
Aliados do ex-presidente veem essas movimentações como um resultado do trabalho de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado e filho de Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde março. Segundo o ex-presidente, a permanência do filho no exterior é estratégica e necessária. “Se estivesse aqui, não seria um passaporte. Com toda a certeza, seria uma prisão”, declarou, defendendo a ausência de Eduardo do Brasil.
Essa nova conjuntura internacional e doméstica reforça a complexidade do cenário político brasileiro e sinaliza que as disputas entre Bolsonaro e seus adversários podem ganhar contornos cada vez mais acirrados, envolvendo até mesmo intervenções externas.
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