O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, afirma estar na mira de um plano para assassiná-lo. Em entrevista ao jornalista Leandro Demori, diretor do ICL Notícias, Segundo Morales, o responsável pela articulação seria Hugo Moldiz, assessor do presidente Luis Arce e proprietário do jornal boliviano La Época.
Morales permanece refugiado no interior do país, onde afirma ter reforçado sua segurança com quase mil pessoas. No ano passado ele denunciou estar sendo perseguido pelo governo e alegou ter sofrido um atentado a tiros, agora diz que o cerco está se intensificando. “Há dois ou três dias (observou-se) drones sobrevoando à noite. Estão planejando usar membros da minha equipe de segurança, das Forças Armadas e da polícia para me prender. Mas o plano é mais que isso”, afirma.
“Tomara que o irmão Lula possa parar isso, fazendo um chamado a Luis Arce. Caso contrário, o plano é matar ou me enviar para os Estados Unidos”, disse Evo.
A tensão entre Morales e Arce — seu ex-aliado político e atual presidente — vem se aprofundando desde que Evo anunciou que pretende disputar novamente a presidência em 2025. Após seu retorno à Bolívia, em 2020, logo após o fracasso da tentativa de golpe de 2019, Evo passou a criticar duramente a gestão econômica de Arce, classificando-a como “neoliberal”.
Ambos pertencem ao mesmo partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), mas estão em lados opostos da crise interna. Evo se diz vítima de perseguição política e atribui a Arce uma ofensiva para retirá-lo da corrida presidencial. Um exemplo disso, segundo ele, seria o caso de investigação por tráfico de pessoas, envolvendo uma menor de idade. A acusação rendeu um mandado de prisão em 2023, posteriormente anulado. No entanto, o processo foi reaberto neste ano por um promotor, mesmo sem registro formal da suposta vítima, e um novo mandado foi expedido.
Para Evo, trata-se de uma estratégia para afastá-lo da disputa eleitoral e desacreditar sua imagem pública. “É como um confinamento, resultado de uma perseguição injusta e ilegal. Mas por trás dessa perseguição não está apenas o governo. Há o império, a direita e uma campanha contra Evo financiada pelos meios de comunicação pagos pelo governo”, afirma.
O ex-presidente faz um apelo direto ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para que intervenha e ajude a frear o que classifica como um plano de magnicídio. “Eu disse, em algum momento: que me prendam, mas que não me matem.”
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