Câmara de Teresina define membros da CPI que investigará rombo na Prefeitura

Foto: Reprodução –

Nesta terça-feira (3), a Câmara Municipal de Teresina definiu os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará um rombo superior a R$ 3 bilhões nas contas da Prefeitura da capital. A criação da comissão foi viabilizada por meio da articulação de 13 vereadores, sob liderança de Edilberto Borges, o Dudu (PT), com o apoio das bancadas do PT, PSD e PDT. A base aliada do prefeito Silvio Mendes (União Brasil) não participou da iniciativa.

A composição da CPI ficou da seguinte forma:

  • Presidente: Edilberto Borges, o Dudu (PT)

  • Relator: Fernando Lima (PDT)

  • Membros: Luis André (PL), Daniel Carvalho (MDB) e Fernando Lima (PDT)

  • Suplentes: João Pereira (PT) e Fernanda Gomes (Solidariedade)

Com a comissão formalizada, o próximo passo será definir um cronograma de reuniões e oitivas. A expectativa dos parlamentares é agilizar os trabalhos para esclarecer a origem e a evolução da dívida, que já ultrapassa os R$ 3 bilhões. A CPI também poderá propor medidas para reverter o quadro financeiro crítico do município.

O vereador Dudu destacou a necessidade de uma investigação mais aprofundada, citando o crescimento acelerado dos valores apresentados pela gestão municipal.

— A cada dia, os números apresentados pelo prefeito Silvio Mendes assustam mais. Começamos ouvindo falar em um bilhão, agora já falam em quatro. E não há uma explicação concreta, nem sobre a situação do transporte público, por exemplo — afirmou o parlamentar.

Dudu também criticou o uso do termo “rombo”, sugerindo que ele pode mascarar irregularidades mais graves.

— Rombo, na minha opinião, é roubo. Precisamos investigar se há desvio de recursos públicos. Se for despesa corrente, é justificável. Mas, se houver indícios de ilegalidade, queremos que os responsáveis sejam identificados — declarou.

A CPI pretende convocar gestores da atual administração, ex-gestores de gestões anteriores e representantes de instituições financeiras envolvidas em contratos com a Prefeitura. O objetivo é compreender os fatores que levaram ao desequilíbrio fiscal e seus impactos nos serviços públicos e nos investimentos da capital.

Com informações do portalodia.com