Darren Criss fala dos prêmios e de viagens

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

Darren Criss no IPW 2025

Darren Criss já foi escolhido ator revelação no Teen Choice Award, por seu papel em Glee. Também levou o Globo de Ouro e o Emmy de melhor ator dramático, além do Critics’ Choice Award, pelo papel de Andrew Cunanan em “The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story”. E há poucas semanas, ganhou dois prêmios Tony: como produtor do melhor musical da temporada da Broadway, Maybe Happy Ending, e como melhor ator de musical.

Com apenas 38 anos, e uma carreira também na música, Darren Criss já tem reconhecimentos consistentes e invejáveis, que o colocam como um dos grandes de sua geração.

No IPW 2025, em Chicago, ele foi o mestre de cerimônias durante a apresentação de musicais da Broadway no tradicional almoço da da Broadway Inbound e do New York City Tourism + Conventions. Além de apresentar os colegas de sucesso na atual temporada na Broadway, em musicais como Death Becomes Her e The Outsiders, ele ainda cantou uma das canções de Maybe Happy Ending. Depois, caminhou pela feira, tirou fotos e conversou com a PANROTAS e mais um veículo do México. Falou das conquistas, de viagens e do que vem por aí.

Confira aqui a lista dos principais vencedores do Tony Awards, disponíveis para operadoras de Turismo via Broadway Inbound. A empresa é representada no Brasil por Julienne Gananian, da Brazil Experts Bureau: [email protected].

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

Darren Criss

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PANROTAS – Na sua apresentação no almoço da Broadway Inbound e do New York City Tourism + Conventions no IPW, você disse que quanto menos soubermos do que acontece no seu musical, melhor, pois há muitas surpresas. Como tem sido a reação das pessoas em relação ao musical já tão premiado?

DARREN CRISS – Bem, é verdade, quanto menos você souber, melhor. Eu diria que vivemos em uma época em que tudo, em todos os lugares, está disponível ao mesmo tempo. E é muito raro em nossas vidas, à medida em que envelhecemos e acumulamos mais experiências, vivenciar algo genuinamente novo. Somos sobrecarregados por muitas expectativas e experiências. Então, ter algo que seja verdadeiramente singular e novo é uma espécie de milagre e o espetáculo tem muito disso. Não acontece sempre. Certamente não acontece. Então, certamente recompensa o anonimato e o desconhecimento.

PANROTAS – Mas você conseguiria definir o seu espetáculo sem dar spoilers?

CRISS – Se eu tivesse que apresentá-lo de forma concreta, diria que é um espetáculo clássico da Broadway. É uma ótima exploração do espírito humano e da condição humana com música maravilhosa. E um cenário lindo, um verdadeiro espetáculo da Broadway. Algumas boas músicas e espero deixar vocês pensando no que viram e emocionados.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

Darren Criss

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E o que te motiva a fazer essa história, não apenas como ator, mas também como produtor, tendo ganhado dois prêmios Tony, como melhor musical e melhor ator?

CRISS – Minha vocação geral como artista é conexão. E esse é o meu objetivo diário. É tentar minimizar a distância e o máximo de ideias possível. E este espetáculo é uma das peças mais acessíveis das quais já participei. E o que quero dizer com isso é: participei de coisas que talvez tivessem uma certa ressonância com uma determinada faixa etária, experiência ou histórico. Nunca participei de algo que pudesse, sem sombra de dúvida, convidar o maior número possível de pessoas de todas as idades e experiências, pessoas que sabem tudo sobre teatro, pessoas que não sabem nada sobre teatro, independentemente de você odiar tudo ou amar tudo. Isso tem conseguido resistir a todo tipo de vantagem ou obstáculo. Então, estou feliz que tenha conseguido acontecer, mas quando inicialmente disse sim, é porque eu simplesmente pensei que era algo tão especial e original, o que é muito difícil de conseguir.

Como foi sua preparação para o espetáculo, que demanda muito preparo físico seu?

CRISS – Bem, eu tenho experiência em teatro físico e tradições de teatro físico que vêm de muitas inspirações ao redor do mundo, como o teatro europeu, a Commedia dell’arte, o palhaço e a mímica, e muito dessa narrativa física que existe há centenas de anos. Eu também mencionaria muito o teatro do Leste Asiático, particularmente o Japão e o Kabuki. E muitas dessas tradições físicas e a maneira como você conta uma história indo além do diálogo. Você usa o corpo e a máscara, a máscara sendo o seu rosto e a maneira como você fala. Sabe, todos esses são instrumentos para usar. Então, usei muitos desses truques que eu tinha na manga para criar algo meio contemporâneo.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

Darren Criss

Darren Criss

PANROTAS – Queremos ver o show por causa dos prêmios, dos Tonys, por causa da história, mas por sua causa também. Você está comprometido com o show até quando?

CRIS – Por enquanto, até 31 de agosto. Espero que este seja o show do qual eu farei parte pelo resto da minha vida. Estou ansioso para ver o show estrear no mundo todo, em diferentes idiomas e horários. Esse é o objetivo. Estamos apenas começando. É engraçado, já fiz mais de 250 apresentações e, mesmo assim, estamos apenas começando. O incrível sobre o Tony Awards é que eles realmente renovam o contrato de muitos shows e fomos muito agraciados com essa nova assinatura, para que possamos atrair pessoas de fora da nossa pequena Nova York.

Quais foram seus maiores aprendizados ou coisas que você levará?

CRISS – Não sei, é difícil dizer porque ainda estamos nisso. Acho que será um processo para a vida toda. Ainda estou tentando processar, em um nível pessoal, o que aconteceu no domingo da premiação. Você realmente não tem muito tempo para ficar sentado nisso porque volta direto para o trabalho. Eu volto direto para a minha vida pessoal, volto direto para a minha vida profissional. Não tem como ficar sentado na praia pensando na sua vida. Você continua se movendo. Então, peguei uma gripe e depois fui trabalhar e depois vim para cá e fiz um show ontem à noite em Nova York, então é simplesmente bang bang bang bang bang. Eu realmente não consegui pensar em nada porque você só precisa continuar trabalhando, não acabou. Então, eu não sei a resposta. Quer dizer, John Lennon disse que a vida é o que acontece quando você está ocupado fazendo outros planos. Eu não sei o que direi definitivamente sobre o que aprendi ou o que levei comigo, porque ainda está acontecendo e eu ainda estou muito perto do microscópio. Eu saberei em breve. Mas tudo o que sei é que estou constantemente sobrecarregado de gratidão e prazer. Foi um privilégio enorme, um dos grandes privilégios da minha vida, fazer parte deste programa.

PANROTAS – Você poderia falar um pouco sobre viagens? Disse que adora viajar. Você é de São Francisco. Para onde você gosta de viajar? Tem algum destino dos sonhos que ainda não visitou?

CRISS – Meu Deus, tantos lugares. Quer dizer, é um mundo enorme. Já viajei bastante, mais do que, sim, provavelmente a maioria. Penso em viagens da mesma forma que penso em grandes filmes, grandes livros ou grandes peças de teatro. Você já ouviu falar delas, já te disseram que são ótimas, e você não faz nenhum esforço ativo para evitá-las. É que há um limite no seu dia e na sua vida para reservar tempo para essas coisas. Então, assim como a grande arte do mundo, as grandes cidades do mundo são obras de arte que devem ser apreciadas e vivenciadas por todos. E então, há muita coisa para mim.

Eu adoraria ir para a Índia, Islândia, Antártida. Tem algumas montanhas que eu adoraria escalar, adoraria fazer trilhas. Há muita coisa na Terra, não apenas cidades, que eu gostaria de ver. Eu gostaria de passar mais tempo na América do Sul. Há vários trens ao redor do mundo que eu amo. Sou um grande fã de trens, então não faltam lugares para onde eu adoraria ir e coisas que eu adoraria fazer.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

Darren Criss

Darren Criss

PANROTAS – E para qual destino você gosta de voltar?

CRISS – Bem, se eu puder evitar, eu tento sempre ir a algum lugar novo se eu tiver tempo. Eu tento… sempre que planejo uma viagem, o que é raro hoje em dia, mas se eu tiver que viajar, não volto a algum lugar a menos que seja com alguém que nunca foi lá. E também será combinado com uma cidade que nenhum de nós já foi. Eu sempre quero seguir em frente e eu acho que quando eu for mais velho, vou escolher meus favoritos e me apega a eles, mas essa é uma das melhores coisas sobre ser músico e estar em turnê, é que você pode voltar a muitos dos seus lugares favoritos, então eu certamente tenho os meus favoritos, mas sim, há muita coisa para ver que ainda não foi vista.

PANROTAS – Conta pra gente alguns desses lugares favoritos.

CRISS – Não serei uma das primeiras pessoas a dizer que Kyoto é uma das cidades mais bonitas do mundo. Todo mundo sabe disso. É tipo, é simplesmente verdade. Tenho muitos favoritos. Olha, estamos em Chicago agora. Eu amo Chicago pra caramba. Passei momentos maravilhosos em Chicago. É um dos meus lugares favoritos para comer e beber. Um dos meus museus favoritos do mundo é aqui em Chicago, o Art Institute. A Cidade do México é outro lugar maravilhoso. Então, como fã de arte, Chicago é um lugar para onde sempre volto. Eu costumava fazer questão de vir aqui pelo menos uma vez por ano, quando é bom ir a alguns restaurantes, ver alguns amigos. Não estou dizendo isso só porque estamos aqui, eu diria que é uma cidade para onde adoro voltar. Nova Orleans é uma cidade que me toca profundamente. Tenho muita história lá.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

Darren Criss e Artur Luiz Andrade

Darren Criss e Artur Luiz Andrade

Você é um otimista, mesmo com tanta tecnologia à nossa frente?

CRISS – As pessoas criativas, as pessoas proativas, encontram um jeito. Elas encontram um jeito de se conectar. E eu acho que existe uma resiliência no espírito humano que é inevitável. A música clássica ainda existe. As pessoas estão sempre preocupadas com a possibilidade de os livros continuarem existindo, a música clássica continuará existindo? Ela ainda existe. Sabe por quê? Porque as pessoas a encontram e acham linda pra caramba. Elas fazem isso. E elas a apresentam, elas a compartilham. E as pessoas se emocionam. Acho que o medo é maior porque há uma percepção mais óbvia de algo como: “Nossa, será que estamos indo bem?”, “Isso não é bom para nós?”. Mas acho que há uma inevitabilidade na maneira como nos conectamos uns com os outros. O teatro existe há milhares de anos. Os livros existem há milhares de anos. Acho que as pessoas inteligentes, proativas, cultas e interessadas sempre serão essas pessoas.

E sempre teremos que tentar cuidar uns dos outros em algum nível. Mas continuo esperançoso. E acho que há muito mais coisas boas a serem feitas do que realmente existem. E especialmente à medida que caminhamos para um cenário cultural mais predominantemente de IA. Espero, não sei se isso vai acontecer, mas espero que o pêndulo volte a favorecer as experiências ao vivo, porque ansiamos por algo real. Todo mundo anseia por algo real, não importa o que aconteça. Não importa o que tenhamos feito, apesar de todas as desculpas que inventamos para não fazer juntos pessoalmente, ainda estamos tentando sintetizar o que estamos fazendo agora. Então, isso é muito bom, me mantém otimista. Muitas pessoas me veem feliz. Espero que sim também.

A PANROTAS viajou a convite da US Travel e United Airlines, com proteção GTA

Fonte: https://www.panrotas.com.br/destinos/entretenimento/2025/06/premiado-na-tv-e-no-teatro-darren-criss-fala-de-seu-musical-na-broadway-e-de-viagens_218756.html