Pesquisa aponta transfobia e racismo nas ruas de Belém
Pesquisa aponta transfobia e racismo nas ruas de Belém
Pesquisa aponta transfobia e racismo nas ruas de Belém
Pesquisa aponta transfobia e racismo nas ruas de Belém
Uma pesquisa etnográfica, conduzida pelo antropólogo Gleidson Gomes na Universidade Federal do Pará (UFPA), revela os desafios enfrentados por pessoas trans e travestis ao transitar pelas ruas de Belém. O estudo, intitulado “Olhares da/na ci(s)dade: transexualidades/travestilidades, raça e práticas nos espaços citadinos de Belém ‘em plena luz do dia’”, busca compreender como essas pessoas navegam não apenas em seu gênero, mas também na cidade.
A metodologia utilizada foi a etnografia de rua, com base em caminhadas e observações de interações silenciosas, como olhares e expressões faciais. Os resultados apontam que a presença de pessoas trans e travestis em espaços públicos de Belém frequentemente causa estranheza e julgamento por parte de pessoas cisgênero. Além da transfobia, o estudo destaca que pessoas trans e travestis negras vivenciam um racismo agravado.
O pesquisador constatou que a transição de gênero é um processo complexo, com conflitos relacionados às normas de gênero impostas pela sociedade. A tese central da pesquisa é que, ao circular em Belém, essas pessoas enfrentam diversas formas de resistência, gerando uma sensação de não pertencimento à cidade.
De acordo com o estudo, além da transfobia, o racismo também era percebido pelos interlocutores. Pessoas trans e travestis vivenciam o racismo de diferentes maneiras, antes e depois da transição de gênero. O sofrimento ocorre tanto em um corpo feminino quanto em um corpo masculino dentro dos padrões de gênero de uma sociedade cisgenerificada. Nesse caso, as situações de racismo são parecidas com as que ocorrem com pessoas cis pretas, contudo, agravadas por serem pessoas trans e travestis.
Fonte: https://diariodopara.com.br/belem/pesquisa-aponta-transfobia-e-racismo-nas-ruas-de-belem/