Belém tem 389 áreas de risco de desastres

A capital paraense abriga 389 áreas de risco de desastres, de acordo com recente levantamento realizado pela Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades e coordenado em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O primeiro Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) realizado na região Norte revela que foram identificados 301 setores de risco de inundação nas imediações das diversas bacias hidrográficas que cortam Belém, além de outras 88 áreas com risco de erosão na região das ilhas do Cobu, Cotijuba, Mosqueiro e Outeiro, banhadas por rios e baías de grande porte, como o rio Guamá, Baía do Guajará e Baía do Marajó.

Foram 15 meses de trabalho de coleta de informações in loco, que resultaram em um estudo aprofundado sobre todos os bairros e distritos de Belém, onde foram catalogados os riscos e apresentadas as soluções para sanar os problemas identificados.

“Este é um momento marcante pois é a primeira vez que há um investimento robusto do governo federal em planos no norte do país e por este ser o primeiro a ser finalizado e entregue, dentre os que estão sendo elaborados em todo o país” , destacou Rodolfo Moura, diretor do Departamento de Mitigação e Riscos de Desastres da Secretaria de Periferias do Ministério das Cidades.

A elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos contou com a participação popular e comunitária e com o engajamento de acadêmicos da UFRA e apoio de órgãos de Defesa Civil municipal e estadual. Foram mais de 450 dias de trabalho realizados em 37 bairros que fazem parte dos oito distritos que compõem a capital paraense.

Representando a Prefeitura de Belém, a secretária de Meio Ambiente, Juliana Nobre, reforçou a relevância de ter um PMRR. “Esse é um documento norteador para a gestão municipal, onde poderemos tomar decisões mais assertivas, tendo ouvido a população, as comunidades e suas demandas. O plano nos dará a certeza do que precisamos fazer quanto às políticas públicas para as bem-estar dos moradores de Belém”, analisou.

A expectativa é de que, com a realização deste trabalho de levantamento e identificação de riscos, medidas concretas sejam planejadas para sanar os problemas constatados. “Um plano é um balizador, um guia. Agora, precisamos tirar isso do papel. É necessária uma ação de fato para resolver os problemas que foram detectados. Agora, o processo requer que a gente tenha um compasso entre o Governo Federal, Estadual e Municipal para fazer as mudanças e adaptações necessárias para mitigar os riscos em Belém”, informou o diretor Rodolfo Moura.

Fonte: https://diariodopara.com.br/belem/belem-tem-389-areas-de-risco-de-desastres/