RN tem menor taxa de fecundidade do Nordeste e mulheres adiam maternidade, aponta IBGE

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O Rio Grande do Norte registrou, em 2022, a menor taxa de fecundidade total (TFT) do Nordeste, com média de 1,49 filho por mulher, segundo dados divulgados nesta sexta-feira 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número ficou abaixo tanto da média regional (1,60) quanto da nacional (1,55), evidenciando uma queda consistente no número de nascimentos no estado.

Além da redução no número de filhos, o levantamento revela um adiamento da maternidade entre as potiguares. A idade média da fecundidade subiu de 26,7 anos, em 2010, para 28,4 anos, em 2022 — o maior índice entre todos os estados nordestinos. De acordo com o IBGE, o adiamento pode ser atribuído a fatores como o aumento da escolaridade das mulheres, maior urbanização e a crescente participação feminina no mercado de trabalho.

Nas cidades de Natal e Parnamirim, o padrão reprodutivo acompanha a tendência de famílias menores. Em Natal, 30,5% das mulheres têm apenas um filho e 33,1% têm dois. Já o percentual de mulheres com seis filhos ou mais caiu para 5,9%. Em Parnamirim, o fenômeno é ainda mais acentuado, com os menores índices de fecundidade elevada entre os municípios analisados.

A pesquisa considera o número médio de filhos que uma mulher teria ao longo da vida reprodutiva, caso mantidas as taxas observadas no ano do Censo Demográfico de 2022. Segundo o IBGE, os dados apontam para uma transição demográfica consolidada no estado, com impacto inclusive entre mulheres de menor escolaridade — grupo que, historicamente, apresentava maior número de filhos.

Outro dado divulgado pela pesquisa mostra crescimento no número de migrantes de outros estados residindo no RN. Em 2022, 9,03% da população potiguar era composta por pessoas nascidas fora do estado, índice que vem aumentando desde 1991, quando era de 8,36%. A Paraíba segue como o principal estado de origem desses migrantes, embora tenha perdido participação relativa. Por outro lado, aumentou a presença de pessoas vindas de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Minas Gerais.

Entre os municípios, Parnamirim apresentou aumento expressivo de migrantes, passando de 34,7 mil em 2010 para quase 42 mil em 2022. Natal lidera em números absolutos, com mais de 90 mil residentes nascidos fora do Rio Grande do Norte.

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