Reajuste salarial de policiais federais vai à sanção presidencial; para professores, zero

Docentes e técnico-administrativos estão em greve contra proposta do governo. Foto: Andes

O Senado aprovou nesta quarta-feira (29) o projeto de reajuste salarial para a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Penal Federal. O texto, que segue os termos de acordos firmados pelo governo em negociação com as categorias entre dezembro de 2023 e janeiro deste ano, segue para sanção do presidente Lula.

De acordo com o texto, os reajustes serão concedidos de forma gradual, em três parcelas, sendo a primeira paga já em agosto de 2024. As seguintes, nos meses de maio de 2025 e 2026. Para os policiais federais, no topo da carreira que inclui delegados e peritos criminais federais, a remuneração sairá dos atuais R$ 33.721 para R$ 41.350, em 2026, um reajuste de 27,48%.

O mesmo percentual se aplica para a PRF, que chegará a R$ 23 mil em 2026. Os servidores da Polícia Penal Federal, que atuam em unidades prisionais, terão um aumento médio de cerca de 60%, com o salário da principal categoria chegando a R$ 20 mil.

“Na área da segurança pública, que sempre é alvo de grande atenção do governo, os reajustes salariais dos policiais federais e policiais rodoviários federais, e a estruturação das carreiras, com aumento salarial, da Polícia Penal Federal, estabelecem um quadro sólido para fundamentar a atuação do Poder Público”, declarou o líder do governo no Senado e relator da proposta, o senador Jaques Wagner (PT-BA).

PARA PROFESSORES, ZERO

Enquanto isso, o governo tenta implementar o arrocho sobre os professores federais, em greve por reajuste desde o dia 15 de abril. As negociações também iniciaram no ano passado, porém com o governo insistindo no congelamento salarial para os servidores da Educação em 2024.

Sem avançar nas negociações ou chegar a apresentar uma proposta aceitável pelos servidores, o governo decidiu atropelar a greve mobilizada em 59 universidades federais, além de institutos e escolas básicas, que rejeitaram a proposta do governo, e assinou um “acordo” com uma entidade que tem a sua representatividade questionada pelos professores federais.

A assinatura do “acordo” chegou a ser suspensa pela Justiça Federal de Sergipe. Ao mesmo tempo, o Sindicato Nacional dos Docentes (Andes), do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica (Sinasefe) e da Federação de Sindicatos de trabalhadores técnico-administrativos em educação organizam para a próxima segunda-feira (3) um Dia Nacional de Luta da Educação Federal, cobrando a imediata reabertura das negociações com o governo.

Fonte: https://horadopovo.com.br/reajuste-salarial-de-policiais-federais-vai-a-sancao-presidencial-para-professores-zero/