O primeiro semestre de 2024 encerrou com aumento no preço da maioria dos alimentos que compõem a cesta básica comercializada na capital paraense, de acordo com o estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA). Dentre os reajustes expressivos, o destaque vai para alta no preço do leite.
Segundo o Dieese-PA, no mês passado, o preço médio do litro do leite comercializado em padarias e supermercados de Belém, subiu 10,05% em relação ao mês de maio, quando custava cerca de R$7,76. No balanço comparativo do preço de janeiro a junho deste ano, esse reajuste é ainda mais expressivo, chegando a mais de 21%.
Ainda de acordo com as pesquisas do departamento, nos dois períodos pesquisados, o reajuste acumulado no preço do alimento supera em mais que o dobro a inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em um supermercado da cidade, localizado na avenida Duque de Caxias, o preço médio do leite em pó de 200 gramas, varia de R$6,15 a R$8,15, dependendo da marca. Já o leite de caixa custa de R$6,39 a R$7,35. Outros derivados como manteiga, potes de 200 gramas, são comercializados entre R$8,80 a R$16,49, a depender da marca. O prato de queijo fatiado de 150 gramas, de R$9,39 a R$15,25.
Mas, apesar das altas, alguns consumidores não abrem mão do produto e fazem um esforço para colocá-lo na mesa. A técnica de enfermagem Rosely Baía, de 60 anos, analisa, diante do próprio consumo de leite e derivados, ter gastado 20% a mais nos últimos meses.
“Minha filha também consome muito, ficou um pouco mais caro, mas não reduzo a quantidade de itens e nem troco de marca, prezo por qualidade. O queijo também ficou mais caro e dura pouco em casa”, afirma.
A contadora Nataly Moraes, 41, diz que não costuma fazer as compras do mês, ou seja, em termos de valores não consegue mensurar precisamente os gastos semanais, mas afirma que o consumo de leite, principalmente o de pó e em caixa, é bem alto e demanda um orçamento robusto.
“Nós consumimos muito leite, não pode faltar. Se acaba, a gente vem logo comprar. São quatro latas de leite por mês, uma por semana. O leite líquido também, minha filha só consome ele. Costumamos gastar bastante com isso, mas tem que comprar”.
Em dezembro de 2023, o litro do alimento foi comercializado a R$7,04; iniciou janeiro de 2024 sendo vendido a R$6,58; em maio custava em média R$7,76 e, no mês passado, R$8,54.
Fonte: https://diariodopara.dol.com.br/belem/preco-do-leite-esta-pesando-mais-no-bolso-em-belem-141500/