MPDF conclui que motorista não teve intenções de atropelar PM

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) concluiu nesta quarta-feira (24) que Raimundo Cleofás Alves Aristides Júnior, 41 anos, não jogou propositalmente o carro em direção ao agente da PMDF, Yuri Basílio Cardoso, que foi atropelado em outubro de 2023. O caso ocorreu no Eixo Monumental, na DF-010, e acabou resultando na morte de Islan Da Cruz Nogueira, 24, que estava no banco do passageiro, após disparos da polícia contra o veículo. 

Raimundo foi denunciado por desobedecer uma ordem de parada e acabou tendo o carro baleado durante a fuga. O empresário foi preso no mesmo dia do caso.

As investigações apontam que Basílio estava ao lado do veículo, o que impossibilitaria o condutor de atropelar intencionalmente. Desta forma, o MPDFT solicitou a desclassificação do caso como homicídio doloso, para que seja remetido a uma das varas criminalistas de Brasília.

Provas apresentadas não configuram o crime como tentativa de homicídio. Imagens e testemunhas revelam que o motorista não teve intenções de atropelar o agente, mas sim para escapar da abordagem. 

Em depoimento, o militar atropelado relatou que Raimundo teria jogado o veículo até a direção dele e o atropelado, além de ter engatado a ré, direcionando o carro para a direita e supostamente ter atingido o joelho esquerdo do PM.

Islan era morador de São Sebastião, e morreu após os agentes efetuarem disparos contra o veículo. O óbito foi declarado no local da fuga, antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Jovem passageiro(Foto: Arquivo Pessoal)