Bolsonaro e Mauro Cid sentarão lado a lado em interrogatório no STF a partir de segunda-feira, 9

No dia 9 de junho de 2025, começa o esperado ciclo de interrogatórios no Supremo Tribunal Federal (STF) que envolverá o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e uma série de aliados acusados de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. O interrogatório de Bolsonaro ocorrerá ao lado de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens e delator do esquema. Cid, que fez revelações cruciais sobre a trama golpista, ocupará o banco dos réus junto de outros envolvidos, incluindo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

De acordo com informações divulgadas pelo Metrópoles, os interrogatórios, que se estenderão até o dia 13 de junho, terão início com a oitiva de Mauro Cid, que, por ser o delator, será o primeiro a prestar esclarecimentos. Depois de ser ouvido, Cid retornará ao banco dos réus, onde ficará ao lado de Bolsonaro. A sequência dos interrogatórios foi organizada por ordem alfabética, o que definirá também o local onde cada réu se sentará.

Os réus serão questionados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelos ministros da Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Entre os investigados estão outras figuras-chave do governo Bolsonaro, como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, todos respondendo por crimes graves relacionados à organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e a trama golpista que visaria manter Bolsonaro no poder.

A presença de todos os réus no STF é obrigatória, com exceção de Walter Souza Braga Netto, que será ouvido por vídeo devido à sua prisão no Rio de Janeiro. Além do interrogatório, os réus têm a possibilidade de permanecer em silêncio, mas devem se pronunciar caso decidam responder às perguntas.

O caso, que envolve uma denúncia de participação em um esquema para realizar um golpe de Estado, tem gerado grande repercussão e levantado discussões sobre a estabilidade política e institucional do Brasil após as eleições de 2022. O STF segue a análise do caso, com os réus sendo julgados por suas ações durante o período pós-eleitoral.

Crimes imputados aos réus: Organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e danos qualificados contra o patrimônio da União.

Esse processo é um marco na análise judicial da possível tentativa de subversão democrática no Brasil, com a Primeira Turma do STF avaliando um dos casos mais complexos e politicamente sensíveis dos últimos anos.

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