A Comissão de Agricultura discutirá o requerimento de Rodolfo Nogueira para ouvir ex-diretor da Conab sobre o leilão do arroz
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Nesta terça-feira (02), a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados vai votar pedido de convocação de Thiago José dos Santos, exonerado do cargo de diretor-executivo de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Envolvido na polêmica do leilão do arroz, Santos alega que sua demissão foi de forma indevida e afirma que apenas obedeceu ordens de Carlos Fávaro, atual ministro da Agricultura.
O requerimento é do deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), que diz que o depoimento do ex-diretor da Conab vai esclarecer as circunstâncias do leilão e as alegações feitas por Santos.
“Precisamos entender se houve interferência política no processo e se as decisões tomadas seguiram critérios técnicos”, afirmou o parlamentar.
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Santos afirmou que sua exoneração resultou-se de uma “casca de banana” e que as decisões referentes ao leilão seguiram diretrizes estabelecidas pelo ministro Fávaro.
“Fizemos o que o ministro (Fávaro) mandou e colocamos no papel. Foi muita fala política e menos fala técnica. O ministro determinou R$ 5 o quilo, abaixo do preço de paridade. Isso tirou outros participantes da concorrência. Não tenho participação nenhuma. Só escrevi o que o governo falou através do Ministério da Agricultura”, relatou Santos ao jornal O Globo.
A importação do cereal acabou cancelada após suspeitas de fraude no processo e questionamentos quanto a capacidade técnica e operacional das empresas vencedoras do certame. Duas intermediadoras, vencedoras do edital, eram ligadas ao ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a existência de possíveis crimes. Geller também foi exonerado e negou qualquer irregularidade.
Santos afirmou que os técnicos da Conab defendiam um preço inicial entre R$ 5,50 e R$ 5,80, baseados em parâmetros de mercado, mas o valor final foi estabelecido em R$ 5 por quilo, resultando em uma restrição de mercado. “Se a operação tivesse sido feita como os técnicos da Conab determinaram, não teria como dar errado. Foi uma casca de banana que escorreguei e que não fui eu que coloquei. Me sinto totalmente injustiçado, porque não participei de nada até o momento do leilão”, afirmou Santos.
Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/e06-brasil/comissao-da-camara-vota-convocacao-de-ex-diretor-da-conab