Aprovado este mês, o projeto de Lei sobre a colocação de um informativo com os malefícios do aborto à vida e à saúde da gestante na rede de saúde carioca teria sido motivo para o retorno, temporário, da ex-secretária da Mulher, Joyce Trindade (PSD) ao parlamento carioca.
Só que ao criticar, indiretamente, o vereador e líder do PL, Rogério Amorim, que é autor do projeto, Joyce também teria se queixado do trabalho de Rosa Fernandes. Além de colega de partido da ex-secretária, a decana na Câmara assina com Amorim o projeto, chamado pela Joyce de “barbaridade”
“Vamos apresentar alguns projetos importantes para a gestão e para a temática das mulheres. E, claro, na defesa irrestrita da boa política em prol das famílias cariocas, dado que alguns parlamentares têm apresentado barbaridades nas últimas semanas, dizendo que defendem a família, mas só apoiam polêmicas vazias”, declarou, em entrevista dada ao site Tempo Real.
A fala gerou réplica de Amorim. Ao Agenda do Poder, o bolsonarista ironizou da posição da parlamentar e ainda falou das mulheres da Casa que o apoiaram.
“Nem lembrava que ela (Joyce) não estava aqui. Acho essencial o debate de diferentes ideologias na casa, porém, ela está desqualificando a Casa, pois o projeto teve 30 votos favoráveis e nove contrários , inclusive de todas as mulheres exceto do PSOL e PT. E, vou além, a bancada dela quase inteira votou e temos a coautoria da Rosa”, rebateu.
A assessoria de imprensa de Joyce Trindade confirmou que a psdista se tratava do PL do informativo sobre o aborto. Ao Agenda do Poder, emitiu nota afirmando que o PL de Amorim “desinforma e promove tortura psicológica da mulher grávida”.
“Equipamento público não é mural ideológico; é um espaço de cuidado com o povo. Enquanto trabalhamos diariamente para retirar mulheres e famílias da violência, há vereadores que transformam dor em palanque. O PL 2486/23 desinforma, viola e promove tortura psicológica. Imagine uma mulher grávida que acabou de perder seu filho por motivos naturais lendo, em uma unidade de saúde, uma placa que a acusa. Isso não é fé, é crueldade. Sou mulher cristã e também gestante, e aprendo com a minha fé que nossa missão é a boa obra, e não a barbárie e a mentira”, explica Joyce.
Já Rosa pediu mais atenção sobre o trabalho da Casa à ex-secretária, como forma de suprir o afastamento dela desde a posse e entenda o ‘posicionamento dos pares’.
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Fonte: https://agendadopoder.com.br/de-volta-a-camara-do-rio-joyce-trindade-critica-amorim-e-atinge-rosa-decana-e-colega-de-partido/