O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) admitiu nesta quarta-feira (4) que pode ser um “plano B” da direita para as eleições presidenciais de 2026, caso Jair Bolsonaro, atualmente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não consiga reverter sua situação. Durante sua participação em um painel da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Buenos Aires, Eduardo enfatizou que o “plano A” ainda é seu pai, mas reconheceu seu nome como alternativa.
Apesar disso, Eduardo declarou que não se considera candidato para o próximo pleito presidencial. A família Bolsonaro e o Partido Liberal (PL) continuam apostando na possibilidade de Jair Bolsonaro reverter a inelegibilidade, visando sua participação na corrida presidencial.
Além do pai, outros nomes da família, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos Flávio, Eduardo e Carlos, são cotados como possíveis opções pelo PL e aliados. Em outubro, Valdemar Costa Neto, presidente do partido, mencionou Eduardo como uma alternativa viável, destacando também o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como “o primeiro da fila”.
Apesar da fala, Valdemar disse crer na viabilidade na candidatura de Bolsonaro via anistia aprovada pelo Congresso Nacional.
Eduardo defendeu na CPAC a tese de que o pai e a ideologia que ele defende estão sendo perseguidos. Ele mostrou o vídeo em que Bolsonaro se aproxima de uma baleia a bordo de um jet ski. Eduardo disse: “Merece cadeia por isso?”, recebendo um “não” como resposta.
“O que é isso?”, perguntou o deputado. “Ditadura”, respondeu o público. Ainda mostrou reportagens sobre o caso da reunião de Bolsonaro com os embaixadores e afirmou que os presos nos ataques golpistas de 8 de janeiro não fizeram nada errado.
“Eram brasileiros indo defender a verdade de modo pacífico”, afirmou o congressista. No público, ouvia-se os gritos de “liberdade” e “anistia”.
O ex-presidente também participou, por vídeo, da conferência, e afirmou nunca ter pensado em um golpe. Atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e se disse perseguido por ele. Apelou novamente pela devolução de seu passaporte, para, segundo ele, comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Vários jovens apoiadores de Javier Milei, vestidos de terno e gravata e bonés “Make Argentina Great Again” pediam fotos ao deputado. Outros pediam ajuda a amigos ou familiares brasileiros presos em Buenos Aires a pedido da Justiça brasileira.
Com informações da Folha de S. Paulo.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/eduardo-bolsonaro-afirma-em-encontro-da-direita-em-buenos-aires-que-pode-ser-plano-b-caso-o-pai-continue-inelegivel-em-2026/