A Polícia Federal (PF) revelou que um grupo investigado por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 trabalhou, desde 2019, para disseminar a falsa ideia de fraudes no sistema eleitoral brasileiro. O objetivo, segundo o relatório, era preparar o terreno para contestar os resultados das eleições de 2022 e, caso houvesse uma derrota, favorecer o então presidente Jair Bolsonaro.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a queda do sigilo do relatório que investiga a atuação desse grupo, o qual inclui 37 pessoas indicadas por tentativa de golpe. O relatório destaca que os ataques ao sistema eletrônico de votação não começaram após o segundo turno das eleições de 2022, mas sim anos antes, como parte de uma estratégia contínua para criar uma narrativa de fraude eleitoral.
O principal objetivo dessa estratégia era não só descreditar os resultados de 2022, mas também justificar protestos e invasões, como os eventos de 8 de janeiro de 2023. A narrativa de fraude foi sustentada por táticas de “milícia digital”, com a criação e disseminação de informações falsas sobre as urnas, que, segundo o grupo, apresentavam vulnerabilidades desde as eleições de 2018.
Esse esforço teve como intuito criar uma base para os ataques subsequentes ao sistema eleitoral e as tentativas de subverter o resultado das eleições. A disseminação em massa de dados falsos buscava não apenas questionar a integridade das urnas, mas também preparar o caminho para um possível golpe.
Com informações do g1
Fonte: https://agendadopoder.com.br/grupo-golpista-atuou-desde-2019-para-descredibilizar-urnas-e-apoiar-bolsonaro-revela-pf/