Em entrevista publicada pelo blog da repórter Miriam Leitão, do jornal O Globo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo apresentará oficialmente seu novo pacote de medidas fiscais após uma reunião com líderes partidários agendada para o próximo domingo, 8.
O encontro, segundo ele, será decisivo para consolidar o apoio político necessário antes do envio das propostas ao Congresso Nacional.
“Devemos ter uma reunião já no domingo com os líderes, uma vez que é uma semana atípica, com muita gente fora de Brasília”, explicou o ministro, destacando que a equipe econômica seguirá trabalhando internamente na preparação formal das propostas. A apresentação deve incluir análises de impacto, gráficos e justificativas técnicas detalhadas, com o objetivo de garantir clareza e robustez ao debate parlamentar.
Haddad disse que os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, já foram previamente informados sobre o conteúdo das medidas. Segundo ele, o momento agora é de alinhar os últimos pontos com as lideranças partidárias para garantir que as propostas tenham viabilidade política.
“O que nos interessa não é um mero anúncio, que pode agradar muita gente. Se não houver um trabalho sério no encaminhamento dessas medidas para o Congresso, isso pode nos frustrar”, afirmou o ministro, enfatizando que o governo está evitando precipitações e buscando segurança jurídica e institucional no processo.
O pacote de medidas, segundo Haddad, foi elaborado com “todo o cuidado”, com alto nível de detalhamento para minimizar ruídos e especulações. Uma das questões centrais envolve o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O ministro indicou que a decisão sobre manter ou revogar o decreto que eleva o tributo está diretamente vinculada à aprovação de ao menos parte das propostas que compõem o novo pacote.
“Eu preciso da aprovação de pelo menos uma parte das medidas para rever o decreto. Tenho a Lei de Responsabilidade Fiscal, o arcabouço fiscal, uma série de constrangimentos legais que me impõem uma obrigação que eu tenho que cumprir”, justificou.
Haddad também explicou que algumas das medidas em discussão têm impacto direto sobre o orçamento de 2025 e, portanto, podem ser decididas em um segundo momento. Já outras são fundamentais para garantir o cumprimento da meta fiscal ainda neste ano.
“O que foi validado pelo presidente hoje, o que ficou eventualmente pendente, que não afeta 2025, não há nenhum problema se tiver que aguardar o presidente voltar”, disse o ministro, referindo-se à viagem do presidente Lula à França.
A expectativa do governo é que, com o consenso político selado neste fim de semana, o pacote seja anunciado ainda na próxima semana, estabelecendo os caminhos para o equilíbrio fiscal e a estabilidade das contas públicas.
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