O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi homenageado pela prestigiada Academia Francesa, em Paris, nesta quinta-feira (5/6), marcando um feito histórico na diplomacia brasileira.
Ele se tornou o segundo líder brasileiro, depois de D. Pedro II, em 1872, a receber tal distinção em 400 anos de história da instituição, que é composta pelos chamados “Imortais”, título reservado a apenas 19 chefes de Estado. A solenidade foi acompanhada de perto por membros do governo e diplomatas, além de figuras importantes do cenário cultural e acadêmico francês.
Assista:
Emoção e humildade no discurso
Emocionado com a homenagem, Lula fez questão de compartilhar sua trajetória pessoal com os membros da academia e com seus seguidores nas redes sociais. “Eu queria dizer aos membros da Academia que vocês estão homenageando um cidadão brasileiro que não é acadêmico. Eu nasci numa região muito pobre em meu país, o Nordeste brasileiro. Eu só tenho um diploma primário e um curso técnico. O restante eu aprendi na vida, para sobreviver. Queria dizer para vocês que eu estou muito orgulhoso em ser o segundo brasileiro a ser homenageado nesta Academia”, afirmou, com a voz embargada, durante o evento.
O multilateralismo no centro da homenagem
O evento também foi marcado por um gesto simbólico importante: a inclusão do termo “multilateralismo” no dicionário da Academia Francesa. A palavra, que define uma forma de interação internacional para resolver problemas globais, foi destacada por Lula em seu discurso como fundamental para os desafios atuais da diplomacia e da política internacional. O presidente brasileiro enfatizou a relevância do multilateralismo na construção de soluções globais para questões como a erradicação de doenças e a preservação do meio ambiente.
Reflexão sobre o papel das palavras e da diplomacia
Lula também aproveitou a ocasião para refletir sobre a importância da palavra e do diálogo nas relações internacionais. Ele destacou a relevância histórica do multilateralismo e como esse conceito se alinha com as políticas do Brasil. Durante o evento, ele falou sobre o impacto positivo do multilateralismo na promoção da paz e da colaboração entre países, como exemplificado nos acordos históricos sobre a erradicação da varíola e a preservação da camada de ozônio.
Fortalecimento dos laços Brasil-França
Além da sua homenagem pessoal, a visita de Lula à França serviu para reforçar os laços diplomáticos e culturais entre os dois países. O presidente brasileiro destacou a importância da relação entre a Academia Brasileira de Letras (ABL) e a Academia Francesa, sublinhando o papel central que a cultura e a linguagem desempenham na evolução social e política de uma nação.
Ao encerrar sua fala, Lula fez um forte apelo à união internacional e ao fortalecimento dos valores democráticos. “A democracia e o multilateralismo são as duas faces de uma mesma visão de mundo”, concluiu, pedindo um futuro mais inclusivo, baseado no diálogo e na cooperação global.
A visita de Lula à França é mais uma etapa em sua atual presidência, marcada por encontros que visam não só a diplomacia, mas também o fortalecimento das relações com outros países em um cenário global cada vez mais interconectado e desafiador.
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