Mesmo com aprovação de Lula em queda, percepção da economia melhora entre os brasileiros, diz pesquisa Quaest

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), mostrou uma leve melhora na percepção da população sobre a economia brasileira. O número de eleitores que afirmam que a economia piorou durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu de 56% em março para 48% na rodada atual. Esse recuo sugere um avanço tímido na confiança da população, ainda que a percepção sobre o custo de vida, os preços e o poder de compra siga sendo um ponto de atenção.

De acordo com o levantamento, 30% dos entrevistados avaliam que a situação econômica do país permanece igual, enquanto 18% percebem alguma melhora. No entanto, a sensação de perda do poder de compra continua a impactar a visão da população. Para 79% dos brasileiros, o poder de compra é hoje inferior ao que era há um ano, refletindo o impacto das dificuldades econômicas enfrentadas por grande parte da população.

Em relação aos preços, houve uma ligeira diminuição na percepção de alta. A proporção de brasileiros que afirmam ter notado um aumento nos preços dos alimentos caiu de 88% para 79%, enquanto a percepção de aumento no valor da gasolina recuou de 70% para 54%. Já nas contas de água e luz, a queda foi mais moderada: de 65% para 60%. Esses números indicam uma leve desaceleração nos aumentos de preços, mas ainda são indicativos de um cenário econômico desafiador para a população.

A qualidade de vida familiar também foi um tema abordado pela pesquisa. Os resultados mostram uma sociedade dividida: 35% dos entrevistados afirmam que a qualidade de vida piorou, 33% acreditam que houve melhora e 31% consideram que a situação continua igual. Isso reflete uma polarização nas percepções sobre o impacto das condições econômicas no dia a dia dos brasileiros.

Outro dado importante da pesquisa envolve o mercado de trabalho. Para 55% dos entrevistados, está mais difícil conseguir emprego em comparação ao ano anterior, enquanto 35% acreditam que há mais oportunidades. No entanto, a pesquisa aponta uma leve expectativa de melhoria no futuro: 45% dos entrevistados acreditam que o cenário do emprego deve melhorar nos próximos 12 meses.

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