Ministro de Minas e Energia disse que estatal deve aceitar menos pressão do mercado financeiro e não precisa dar 100% de lucro.
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Durante reunião do Grupo de Trabalho de Transição Energética do G20, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), defendeu que a Petrobras seja mais resistente a pressões do mercado e pediu que o governo federal “não se envergonhe” de ser o controlador da estatal. O chefe do órgão criticou a lógica “ultraliberal” de gestões passadas e declarou que a empresa deverá focar agora em seu “dever social”.
Silveira disse que houve “covardia no passado”. “O ex-ministro Paulo Guedes disse que a Petrobras tinha todo o direito de fazer o que quisesse, que o mercado era liberal e que não deveria ter a opinião do governo dentro da Petrobras. Isso é crime. O governo é controlador. Seis dos conselheiros são indicados pelo governo, quem indica os diretores é o governo. Então, o governo quer o que na Petrobras? Que continue sendo uma empresa atrativa para o investidor nacional e internacional, que tenha uma governança segura, uma empresa perene, agora, ela tem um dever social”, disse o ministro.
O ministro também disse estar otimista com a gestão da Petrobras pela nova presidente, Magda Chambriard. “Ela acompanhou por um ano e quatro meses um debate profundo do ministro de Minas e Energia com a Petrobras sobre a agenda nacional. A agenda não é do ministro, é do Brasil. Ela conhece a agenda e vai fazer com esse espírito de manter a empresa sob uma gestão que dê credibilidade para investidores”, disse Silveira.
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Ao falar sobre Chambriard, Silveira destacou que respeitará a governança da Petrobras. Disse que nunca ligou para “interferir no governo” da estatal. Ainda assim, criticou direcionamentos “liberais” de antigas presidências da empresa que buscavam um lucro de 100% à frente dos projetos.
“Veio um governo ultraliberal, a empresa já tinha na sua gênese os servidores, altos profissionais, preparados e reconhecidos internacionalmente, mas que naturalmente protegem o interesse da empresa. Pegaram um ministro, ou superministro [em referência a Paulo Guedes], e se fortaleceu essa tese. Precisa a Petrobras ter 100% de lucro? 200% de lucro?”, questionou.
Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/ministro-fala-em-resistir-a-pressoes-e-dever-social-da-petrobras