A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) quase foi presa na manhã de quinta-feira (5) ao desembarcar no aeroporto de Roma, na Itália. A operação foi articulada pela Polícia Federal do Brasil em parceria com a Interpol e a polícia italiana, mas não teve êxito por um detalhe técnico crucial: o nome da parlamentar ainda não havia sido incluído na lista vermelha de foragidos internacionais no momento em que ela chegou ao país europeu.
Segundo informações apuradas pela CNN Brasil, Zambelli desembarcou em solo italiano por volta das 11h (horário local). No entanto, a inclusão de seu nome na lista da Interpol só ocorreu às 12h45. Nesse intervalo de quase duas horas, a operação montada pelas autoridades perdeu o ‘timing’ necessário para efetuar a prisão. Fontes ligadas à operação relataram que, sem o registro oficial da inclusão da deputada como foragida, a polícia italiana não podia agir.
A chamada “lista vermelha” da Interpol é um sistema de alerta global utilizado para informar polícias de todo o mundo sobre a existência de mandados de prisão expedidos por autoridades judiciais. Sem a entrada formal de um nome nessa lista, nenhum país é autorizado a reter um suspeito, mesmo que haja articulação prévia com a polícia local.
Ainda de acordo com a CNN, a Polícia Federal brasileira já havia se articulado com as forças de segurança italianas para proceder à prisão assim que a parlamentar pisasse no país. No entanto, o atraso na formalização da inclusão de Zambelli na lista impediu qualquer ação legal no momento decisivo.
Neste momento, a investigação se voltou para a localização da deputada na Itália e a troca de informações de inteligências entre as polícias do Brasil e do país europeu, com apoio da Interpol.
A localização exata de Zambelli, inclusive, servirá para pedir a extradição da parlamentar. O governo brasileiro deve oficializar o pedido à Itália, mas a falta de endereço foi um empecilho.
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