PT vai ao STF para tentar barrar lei das escolas cívico-militares

O partido alega inconstitucionalidade e pede suspensão cautelar dos efeitos da lei estadual

<!–

–>

O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou uma Ação Direta Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que a Corte declare inconstitucional a lei do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), que cria escolas cívico-militares estaduais. 

A sigla alega que o modelo escolar proposto “infringe princípios constitucionais e legais”, além de impor altos custos  ao Estado e “afetar negativamente a liberdade e o desenvolvimento dos estudantes”.

A lei foi enviada pelo Executivo e aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), sendo sancionada em 27 de maio. O governo planeja entre 50 e 100 unidades no novo modelo em 2025. As escolas que aderirem terão ao menos um policial militar da reserva como monitor para desenvolver atividades extracurriculares.

buildAds({
‘id’: ‘AD-51’,
‘size’: [1, 1],
‘maps’: {
‘992’: [[970, 250], [728, 90]],
‘768’: [728, 90],
‘320’: [1, 1],
‘0’: [1, 1],
},
‘lazyload’: false,
‘refresh’: false,
})

Em documento enviado ao presidente do STF, ministro Roberto Barroso, o PT afirma que a escolarização militar compulsória é similar à antecipação do serviço militar obrigatório. De acordo com o PT, crianças e adolescentes da rede pública estudam nas escolas mais próximas, e, se a escola for militarizada, esses jovens não têm outra opção além de aderir ao ensino militar.

“Se a um adulto é assegurado o direito de objeção de consciência à participação da vida militar, por força de convicção íntima, seja ela filosófica, religiosa ou política isso é ainda mais agudo em caso de crianças e adolescentes, que sequer podem exercer esse direito, em razão de sua menoridade”, diz trecho do documento.

No início de junho, o PSOL já havia ido ao STF pedir a suspensão do programa. Referente às ações Tarcisio de Freitas defendeu a constitucionalidade da lei estadual, alegando que a lei não cria uma nova modalidade de educação e ensino além das já estabelecidas pela legislação federal. Conforme defende o governador, a lei apenas institui um modelo de gestão escolar que inclui conteúdos extracurriculares voltados à formação cívica dos alunos.

Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/pt-vai-ao-stf-para-tentar-barrar-lei-das-escolas-civico-militares