Roberto Campos Neto defende independência do BC e rebate petista: ‘vai sentir minha falta’

Gestor do Banco Central, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro respondeu críticas da base governista. em audiência na Câmara.

<!–

–>

O presidente do Banco Central Roberto Campos Neto participou de audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados e deu show de ‘equilibrismo’ ao responder sobre a política monetária da autarquia que preside diante de questionamentos feitos por parlamentares governistas e de oposição. Ele protagonizou respostas ácidas às críticas de representantes do governo, mas também foi elogiado por nomes ligados ao presidente Lula, como o deputado carioca, Pedro Paulo (PSD-RJ), que atribuiu ao indicado do ex-presidente, Jair Bolsonaro, um trabalho ‘irretocável’.

Campos Neto fez menção aos mecanismos que incidem sobre a taxa de juros no Brasil e defendeu a independência do Banco Central. “Temos uma pesquisa feita para a América Latina que mostra claramente que, quanto mais independente é o Banco Central, menor é a inflação. A gente consegue ver aqui através dos anos”, argumentou.

E completou: “A autonomia passa pelo seu primeiro teste, temos certeza que o processo vai amadurecer. As pessoas vão ver que o BC é técnico, que trabalha para atingir o mandato, que é determinado pelo governo”.

buildAds({
‘id’: ‘AD-51’,
‘size’: [1, 1],
‘maps’: {
‘992’: [[970, 250], [728, 90]],
‘768’: [728, 90],
‘320’: [1, 1],
‘0’: [1, 1],
},
‘lazyload’: false,
‘refresh’: false,
})

Ainda segundo o gestor do BC, de acordo com os padrões mundiais, existem três tipos de autonomia: operacional, financeira e administrativa. Um gráfico, apresentado por ele, ilustrou que, no mundo, 74% dos BCs acreditam que a autonomia financeira, se comparada com as outras, é a mais importante e que as autarquias que tentaram retroagir em seu caráter de autonomia entraram em declínio.

O indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro ao BC enfrentou às críticas dos governistas, que travam batalha ideológica com a alta cúpula do Banco Central. Durante a audiência, ele foi acusado de fazer uma gestão monetária  ‘frouxa’. “Tenho [mais] cinco meses aqui, e vai sentir falta de mim quando eu for embora”, rebateu em fala endereçado ao petista Lindbergh Farias (RJ).

O Psolista Glauber Braga tentou criar clima ‘pesado’ ao questionar as finanças de Campos Neto e insinuar ‘ganhos pessoais’ por meio do cargo. O presidente da autarquia afirmou que não tem pendencias com o Conselho de Ética, pediu para não ser interrompido e disse que o questionamento ‘não cabe’.

Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/lsf-brasil/roberto-campos-neto-defende-audiencia-do-bc-e-rebate-petista-vai-sentir-minha-falta