Silvinei divide pavilhão com acusado de matar Marielle, relata senador

Medicado contra a ansiedade, com uma dor de cabeça que se arrasta por 40 dias, esperando autorização para fazer exames, longe da família que reside em Santa Catarina. Segundo o senador Izalci Lucas (PL-DF), essa é a situação do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, preso preventivamente em agosto do último ano, no âmbito de apuração sobre suposta intervenção da PRF no resultado das eleições de 2022. No início desta semana, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, o senador visitou Silvinei, acompanhado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

Izalci defende que a detenção de Silvinei extrapola as previsões legais, uma vez que a prisão preventiva se arrasta por onze meses, que os prazos estabelecidos para as investigações já foram superados e que não há nenhum registro de órgãos, como o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que endosse as acusações contra o ex-diretor da PRF.

O senador considera grave a situação de Silvinei, uma vez que ele divide o pavilhão com o ex-policial militar do Rio de Janeiro, Élcio Vieira de Queiroz, acusado de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco. “Um é investigado, o outro acusado com fortes indícios. É uma situação desproporcional. Convivem, saem juntos para o banho de sol”, declarou o parlamentar ao Diário do Poder.

Ainda segundo Izalci, uma nova tentativa de liberdade para Silvinei será feita junto ao Procurador Geral da República, Paulo Gonet, na próxima semana. “Ele poderia, normalmente, estar em casa, usando tornozeleira”, arrematou.