Supremo deve parar de interferir na medicina, diz médico renomado

Francisco Cardoso (CFM-SP) diz que aborto acima de 22 semanas é ‘parto antecipado’ .

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O infectologista Francisco Cardoso, que é candidato à presidência do Conselho Federal de Medicina (CFM), no estado de São Paulo, se posiciona a favor da resolução federal do órgão, amparada pelo projeto de lei de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que criminaliza o aborto após 22 semanas. Para ele o impasse pode se equacionar facilmente. “É só o Supremo parar de interferir na medicina”.

 

 

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Cardoso advoga que a partir de 22 semanas o interrompimento de uma gravidez “não é mais aborto. É parto antecipado”. Na avaliação do entrevistado, existem inconsistências nas regras atuais, já que se “uma mulher é vítima de violência, ou se ela tem a carteira roubada ela precisa fazer um B.O., já para fazer um aborto basta dizer que foi estuprada, sem nenhuma comprovação”.

 

 

O médico acrescenta que o entendimento atual tem causado ‘atrocidades’, como gestações interrompidas na altura de 34 ou 36 semanas. Para ele, o projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados “vem como uma reação. Basta o Supremo retirar as interferências sobre a medicina”.

 

Ele também ataca argumentações de que a pena para o crime de aborto será maior do que a do estuprador. “O problema não é o rigor da lei para impedir a morte de um bebê viável, mas a pena do estuprador, que deveria ser a maior entre todos os crimes”.

  

O candidato ao CFM SP ainda defende que a política governista presta um desserviço no combate à segurança pública do Brasil. “É a esquerda que é contra prender, contra investigar, a favor da saidinha. A medicina é para proteger a vida e não para matar”, arrematou.

 

Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/supremo-deve-parar-de-interferir-na-medicina-diz-medico-renomado