Bolo envenenado: veja linha do tempo da investigação até conclusão do caso

O caso do bolo envenenado em Torres, no Rio Grande do Sul, ganhou notoriedade após a morte de três pessoas da mesma família. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) revelou que Deise é a principal suspeita de ter envenenado o bolo servido durante uma confraternização familiar na véspera de Natal, utilizando arsênio. A investigação, denominada “Operação Acqua Toffana”, aponta para um histórico de desavenças familiares como motivação para o crime.

As investigações revelaram que a perícia identificou a presença de arsênio no sangue da família que passou mal após consumir o bolo. A polícia constatou que o arsênio foi misturado na farinha utilizada no preparo do bolo, sendo essa a fonte de contaminação. Após a exumação do corpo do sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, também foi envenenado por ela.

A Polícia Civil confirmou que Deise recebeu arsênio pelos Correios e que mensagens no celular de Deise revelaram pesquisas sobre a substância na internet antes do crime.

Veja linha do tempo das investigações

Polícia conclui que nora foi responsável por mortes no RS

Em coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (21), a Polícia Civil apresentou os resultados colhidos durante o inquérito policial que buscou desvendar a autoria e a dinâmica dos envenenamentos na cidade de Torres, no interior do Rio Grande do Sul.

No início da apresentação, o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil, disse que o caso é um dos maiores em repercussão social e midiática da história do estado, que segundo ele foram reforçadas pela gravidade do crime. O delegado Cleber Lima, diretor regional da Polícia Civil, disse que o caso ficará para sempre nos anais da polícia e na memória da comunidade gaúcha.

O delegado Fernando Sodré destacou que a investigação foi complexa, uma vez que Deise não estava presente na cena do crime e não preparou o bolo envenenado.

Deise, apesar de ser considerada a responsável pelas mortes, não foi indiciada devido ao fato de ter sido encontrada sem vida, na cela onde estava presa. O artigo 17 do Código Penal impossibilita a punibilidade de uma pessoa falecida.

O delegado Heraldo Guerreiro, subchefe da Polícia Civil, afirmou que não há dúvidas sobre a autoria do crime, apesar de Deise ter deixado um bilhete negando ser uma assassina.

“Não há nenhuma dúvida sobre a autoria dos envenenamentos”, declarou Guerreiro.

A polícia afirma que reuniu provas suficientes para apontar Deise como a responsável. A pena, caso ela fosse condenada, poderia ultrapassar 100 anos de prisão, considerando as quatro vítimas fatais e as qualificadoras do crime. O caso foi dado como encerrado com a identificação da autora, mesmo sem a possibilidade de punição legal.

Relembre a linha do tempo do caso

A CNN montou uma linha do tempo detalhada do caso, que envolve mortes suspeitas, relacionamentos familiares conturbados e a possibilidade de outros envenenamentos.

Veja os detalhes da história:

Investigações e motivações

Pesquisas sobre arsênio foram realizadas por Deise e também sobre substâncias similares na internet antes das mortes, incluindo buscas em plataformas de compras. A Polícia conseguiu recuperar o histórico de busca que ela tentou apagar de seu celular

As compras do material químico foram recebidas em seu nome pelos Correios. Segundo as investigações, Deise seria uma pessoa calculista que demonstrou uma frieza assustadora durante os interrogatórios.

Deise possuía ressentimentos em relação a alguns familiares, segundo apontamento da PC, como uma dívida de R$ 600 e o fato de uma prima ter se casado antes dela em uma igreja que ela almejava.

Quem é quem na história

 

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sul/rs/bolo-envenenado-veja-linha-do-tempo-da-investigacao/