A família de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que morreu após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, se manifestou nesta terça-feira (1º/7) sobre o processo de traslado do corpo ao Brasil. Em publicação, os parentes agradeceram publicamente à companhia aérea Emirates pelo apoio logístico e emocional prestado durante os trâmites internacionais.
“Obrigada, Emirates, pela atenção e pela ajuda na resolução do translado da Juliana!”, escreveram os familiares.
O corpo da jovem chega ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na tarde desta terça-feira (1º/7) e deverá ser submetido a uma nova autópsia, depois de um procedimento cercado de polêmicas feito ainda na Indonésia.
Cronologia do caso:
- Sábado (21/6): Juliana Marins fazia uma trilha no Monte Rinjani e cai cerca de 200m em terreno íngreme do vulcão. Buscas começam, e a turista é filmada por drone sentada na encosta. Nas imagens ela ainda se mexe.
- Domingo (22/6): Resgate é suspenso por causa das condições climáticas na região, com muita neblina. Itamaraty informa que estava em contato direto com autoridades locais
- Segunda-feira (23/6): Drone operado por resgatistas chega até a jovem. Ela aparece imóvel a 400m do penhasco do vulcão.
- Terça-feira (24/6): Equipes de resgate encontram o corpo de Juliana a 600 metros de profundidade.
- Quarta-feira (25/6): O corpo da brasileira é retirado do Monte Rinjani, já sem vida. Juliana é içada com uso de cordas. O processo de evacuação por helicóptero não pôde ser realizado devido às condições climáticas.
O primeiro laudo, feito por autoridades da Indonésia, apontou morte por múltiplas fraturas, com estimativa de até 20 minutos de sobrevivência após a segunda queda sofrida por ela.
A família, no entanto, questiona o laudo inicial e solicitou uma nova autópsia à Justiça Federal.
Nova autópsia
O exame deve ser feito até seis horas após o desembarque em São Paulo, com apoio da Polícia Federal, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Prefeitura de Niterói, cidade onde Juliana vivia e que assumiu os custos do traslado.
A nova perícia busca esclarecer o tempo exato de morte e se houve falhas no socorro. Imagens feitas por drones durante o resgate levantaram a possibilidade de que Juliana tenha permanecido viva por mais tempo do que o indicado inicialmente.
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Juliana Marins posa de óculos escuros e sorridentes
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Uma audiência com representantes da AGU, da Defensoria Pública da União e do governo do Rio de Janeiro está marcada para as 15h desta terça-feira, de forma virtual, para definir os detalhes da autópsia e a continuidade da investigação.
Além do sofrimento pela perda, os familiares relataram frustração com a forma como foram informados sobre o primeiro laudo — divulgado à imprensa antes de ser entregue oficialmente à família. A expectativa agora é de que o novo exame traga respostas mais precisas e respeito ao luto.
Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/familia-de-juliana-se-manifesta-sobre-traslado-e-cita-empresa-aerea