O observatório europeu Copernicus divulgou, nesta sexta-feira (27/6), imagens de satélite que mostram a extensão dos estragos das enchentes que estão atingindo o Rio Grande do Sul desde o início de junho, com áreas de alagamento visíveis ao longo do Rio Jacuí e outras bacias hidrográficas do estado.
Veja:
Imagens das enchentes Rio Grande do Sul
As imagens foram feitas na última segunda-feira (23/6). O nível da água do Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul, atingiu mais de 26 metros, superando a média de 18 metros.
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1 ano das enchentes no Rio Grande do Sul (por Mariana Caminha)
O número de pessoas mortas em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul é de cinco vítimas. Também há registro de uma pessoa desaparecida.
A informação foi atualizada pela Defesa Civil do Estado que também destacou o aumento do número de municípios que comunicaram algum evento adverso por causa dos temporais. No momento, 155 cidades encontram-se nessa situação e 10 mil pessoas tiveram que sair de suas casas
“Dados abertos dos Serviços Copernicus e dos satélites Sentinel fornecem monitoramento confiável de eventos de inundação. Essas informações subsidiam a tomada de decisões baseadas em evidências para operações de resposta e recuperação mais eficazes”, diz observatório.
De acordo com a Defesa Civil do estado, a situação tende a se agravar devido às chuvas previstas para este final de semana. Os acumulados devem variar entre 50 mm e 200 mm até o domingo (29/6) em vária regiões gaúchas.
O nível do Guaíba, às 9h15 desta sexta, estava em 2,83 m no Cais Mauá. No início da quarta-feira (25/6), o nível havia superado a cota de inundação, de 3 m, no mesmo local. Na Usina do Gasômetro, a cota marcava 3,32 m às 9h15 – a cota de inundação é 3,6 m nesse ponto.
A Defesa Civil destacou que a chuva projetada no fim de semana coloca o Guaíba “em condições para inundação”.
“Há risco de cheias e inundações de arroios e pequenos rios, enxurradas, além da elevação em rios maiores, que devem seguir variando entre limiares de atenção e alerta para inundação, além de alagamentos em áreas urbanos e movimentos da massa”, alertou a Defesa Civil.
Pontos de monitoramento
- Na fronteira oeste, o nível do Rio Uruguai, na medição do início da manhã, chegou ao patamar de 11m03 m em Uruguaiana, onde a cota de inundação é 8,5 m. O rio subiu também em Itaqui e São Borja.
- Em Manoel Viana, o Rio Ibicuí baixou para 10m61cm, mas ainda segue acima da cota de inundação, que é de 9,6 m. O Rio Jacuí permanece acima da cota de inundação em Rio Pardo.
- O Rio dos Sinos, em São Leopoldo, baixou 15 centímetros desde quinta-feira e está em 4,63 m, onde a cota de inundação é 4,5 m. O Rio Gravataí apresentou lento declínio em Gravataí e Alvorada, que ainda seguem em cota de alerta.
Rio na cota de alerta para risco de inundações:
Na manhã desta sexta-feira, seis pontos estavam em cota de alerta para risco de inundações.
- Ibicuí (Manoel Viana e Itaqui)
- Uruguai (São Borja a Uruguaiana)
- Jacuí (Dona Francisca, Cachoeira do Sul até o delta do Jacuí)
- Pardo e Pardinho, Taquari (Encantado a Taquari)
- Caí (São Sebastião do Caí e Montenegro)
- Paranhana (Igrejinha a Taquara)
- Sinos (Campo Bom, São Leopoldo até o delta do Jacuí)
- Gravataí (Alvorada e Gravataí)
- Guaíba (região das ilhas e cais de Porto Alegre)
O que cada cota significa?
- Cota de inundação extrema: patamar em que a inundação provoca danos severos ao município
- Cota de inundação: patamar em que o primeiro dano é observado no município
- Cota de alerta: possibilidade elevada de ocorrência de inundação
- Cota de atenção: possibilidade moderada de ocorrência de inundação.
Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/imagens-de-satelite-mostram-extensao-dos-estragos-das-enchentes-no-rs