A inflação da Argentina recuou para 8,8% em abril, o quarto mês seguido de queda e a primeira vez em seis meses que o indicador fica em um dígito, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC, na sigla em espanhol) publicados nesta terça-feira (14).
Apesar da leitura positiva de desaceleração, o cenário ainda é de forte alta dos preços no país.
Para comparação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — o indicador oficial da inflação no Brasil — precisou de dois anos (entre abril de 2022 e 2024) para acumular alta semelhante ao visto em um mês na Argentina.
Em 24 meses, o índice acumulou avanço de 9,17%, conforme dados do Banco Central (BC). Em abril deste ano, o IPCA somou alta de 0,38%.
Quando visto em um horizonte mais amplo, a gravidade do cenário econômico da Argentina fica mais latente. Em 12 meses, os preços subiram 289,4%, o maior valor em décadas.
Em contrapartida, o IPCA desacelerou para 3,69% no período.
O IPCA precisaria de mais de duas décadas para chegar próximo da variação de preços que a Argentina enfrenta em um ano: de abril de 2004 até este ano, a inflação doméstica acumulou alta de 269,3%.
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Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/inflacao-da-argentina-sobe-em-um-mes-o-equivalente-a-dois-anos-de-ipca/