O diretor australiano Peter Weir, 80, recebeu o prêmio pelo conjunto de sua obra no Festival de Cinema de Veneza nesta segunda-feira (2). Responsável pelos filmes “O Show de Truman – O Show da Vida“, “Gallipoli” e “Sociedade dos Poetas Mortos“, o diretor aconselhou os jovens cineastas “a se desconectarem” para progredir.
Weir, 80 anos, fez sua estreia internacional com o clássico artístico “Piquenique na Montanha Misteriosa” (1975), antes de trabalhar em Hollywood com “A Testemunha”, estrelado por Harrison Ford, “Green Card – Passaporte para o Amor”, com Andie MacDowell, e outros sucessos.
Ele recebeu um Oscar honorário em 2022 e confirmou no início deste ano que estava se aposentando da direção. Falando a repórteres em Veneza, ele disse que os aspirantes a diretores precisam voltar ao básico e fugir do barulho da vida moderna.
“Para começar hoje, eu diria para não pegarem nem uma câmera. Eu pegaria um lápis e um papel… Eu praticaria como em um ginásio, exercitando aqui, não os músculos, mas os músculos mentais. Somos capazes de fazer coisas extraordinárias aqui dentro”, disse, apontando para sua cabeça.
“Desconecte-se, afaste-se do excesso de informações, vá para um lugar tranquilo e para o campo, vá trabalhar em um navio mercante”, continuou.
Apesar de conselho de prontidão, Weir disse que não quer ser mentor de aspirantes a diretores. “Não, deve ser solitário. É uma estrada solitária. Você tem que viajar sozinho.”
Para homenagear Weir, Veneza exibiu seu filme de 2003, o épico marítimo “Mestre dos Mares – O Lado Mais Distante do Mundo”, com Russell Crowe no papel principal.
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Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/peter-weir-diretor-de-o-show-de-truman-ganha-premio-no-festival-de-veneza/