A nova parceria entre o diretor Ryan Coogler e o ator Michael B. Jordan, que já trabalharam juntos em “Creed” (2015) e “Pantera Negra” (2018), virou assunto na mídia e nas redes sociais. “Pecadores” chegou aos cinemas no último dia 17.
O filme tem chamado atenção tanto pela narrativa e originalidade quanto pelo acordo inédito que o cineasta fechou com a gigante do ramo, Warner Bros.
Sobre o que fala “Pecadores”?
O telespectador é levado para a região do Delta do Mississippi em 1932, algumas décadas após o fim da escravatura nos Estados Unidos, onde a comunidade negra ainda vive segregada e oprimida por grupos de ódio como Ku Klux Klan.
Na trama, Michael B. Jordan vive os irmãos gêmeos Smoke e Stack, que acabam de voltar à cidade e compram uma serraria com a ideia de transformar em bar de blues.

Eles recrutam diversos conhecidos da comunidade e o primo mais novo, Sammie (Miles Caton), um talentoso músico reprimido pelo pai pastor. Na abertura, eles são surpreendidos por três pessoas brancas querendo entrar no local.
Esse trio se revela ser um grupo de vampiros que está determinado a transformar a noite em um caos.
A produção traz referências históricas, música e elementos sobrenaturais enquanto cria um narrativa coesa e repleta de sustos.
Qual o acordo entre Ryan Coogler e Warner Bros.?
Ao vender o projeto de “Pecadores”, Ryan Coogler impôs algumas demandas: ele teria o corte final do filme – privilégio que costuma ser cedido apenas para nomes particulares da indústria; uma porcentagem da bilheteria logo na semana de estreia – o mais comum é que o repasse aconteça quando o estúdio tenha lucro; e 25 anos após o lançamento, o diretor passará a ter os direitos do título.
O acordo chamou atenção da mídia e de especialistas – principalmente o último tópico, levantando uma discussão sobre o futuro da indústria cinematográfica. Isso porque diretores serem “donos” dos próprios filmes é o oposto de como funciona o mercado.
Em entrevista à Vulture, um executivo de um concorrente da Warner Bros. classificou o acordo como um precedente “muito perigoso”, que pode dar início ao “fim do sistema de estúdio”.
“Os estúdios existem por uma razão simples: para construir uma biblioteca. O valor vitalício e de longo prazo de nossas propriedades cinematográficas é o que faz de um estúdio um estúdio. Coisas como licenciar e exibir esses filmes geram milhões de dólares por ano em todo o mundo. Então, toda a ideia de construir sua biblioteca – e você a perde em 25 anos? Espere um segundo, você simplesmente desistiu de toda a sua receita no futuro”, argumentou.
Não é primeira vez, no entanto, que um acordo controverso é feito. Em 2017, Quentin Tarantino também fez exigências de direitos autorais de “Era Uma Vez em… Hollywood“, mas especialistas acreditam que o caso de “Pecadores” pode levar a uma recorrência.
Assista ao trailer de “Pecadores”
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Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/por-que-esta-todo-mundo-falando-de-pecadores/