A extrema-direita brasileira está tentando manter o clima odioso da polarização – esse que nos amaldiçoa há anos – mesmo durante a tragédia ambiental sem precedentes que devastou o Rio Grande do Sul e corações brasileiros.
Até o momento, o extremistas tem falhado na missão. Me pergunte por que, leitor, e eu te responderei…
O governo Lula tem conseguido controlar o noticiário mantendo reuniões constantes, grupos de trabalhos permanentes – seja com Rui Costa, seja com Fernando Haddad.
O anúncio deste momento será sobre o auxílio emergencial para as famílias. Antes, foi sobre as contas públicas – uma ajuda enorme que suspendeu a dívida do estado por três anos, sem cobrar juros no período para ela não crescer.
A verdade é que Lula e seus ministros têm estado presentes no estado. Alias, o governo estará novamente nesta semana.
Diante de todo esse quadro, o que resta à extrema-direita, incluindo integrantes da familia Bolsonaro? Soltar notícias e narrativas falsas.
Reportagens têm mostrado quem são os divulgadores de fake news e, entre políticos, estão, lamentavelmente, vários quadros do PL, partido do ex-presidente.
Mas o que eles tem tentado propagar? Que Lula demorou a agir sobre o problema. Ocorre que o presidente estava imediatamente lá, já voltou uma segunda vez no Rio Grande do Sul e prepara uma terceira viagem.
A invenção sobre o comportamento do atual presidente é para tentar tampar uma lembrança difícil de esquecer.
É quase impossível não lembrar de Jair Bolsonaro dando gargalhada em um jet ski enquanto a Bahia estava sendo totalmente inundada. “Espero não ter que interromper minhas férias”, disse à época, reiterando sua conhecida falta de empatia e sensibilidade.
Sem querer defender o atual governo, que tem suas falhas analisadas aqui semanalmente… a gestão petista, neste caso, tem acertado.
No atual momento de consternação nacional, a realidade é uma só. A extrema-direita tenta manter o clima de polarização com as fake news enquanto o governo cria um clima de cooperação e de fluxo de decisões rápidas para ajudar o Rio Grande do Sul.
Fato é que, na verdade, isso tem mais a ver com sentimento nacional do que com o comportamento do PT.
O sentimento nacional é de muita doação e ajuda voluntária, ignorando a política em si.
O clima está a favor da cooperação, enquanto a extrema direita nada contra a maré e tenta transformar a tragédia em conflito.
Até o momento, caros leitores, não deu certo.
Fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/a-grande-diferenca-entre-lula-e-bolsonaro-na-tragedia-do-rio-grande-do-sul/