Imprevidência: O custo recorde da negligência política com a mudança climática

É impossível avaliar a dimensão do desastre climático no Rio Grande do Sul porque oito em cada dez municípios continuam inundados. Vai ser um drama em câmera lenta até a enchente acabar, o que deve acontecer no início de junho.

O custo do socorro é recorde: 12,5 bilhões de reais em auxílio financeiro aprovado pelo Congresso — não há dados precisos sobre a despesa emergencial realizada pelo governo estadual e das prefeituras de 461 afetadas.

O refluxo das águas mal começou, mas já se sabe que os gastos públicos com a mitigação dos danos no Rio Grande do Sul são os maiores do último quarto de século.

Equivalem a 16,3% dos créditos extraordinários abertos pelo Congresso desde 2001 com essa finalidade, a pedido do governo federal.

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(./VEJA)

É o que mostra análise de 74 Medidas Provisórias, editadas desde 2001, divulgada nesta segunda-feira (20/5) pela Agência Senado.

País gastou 76,8 bilhões de reais com desastres climáticos do Oiapoque ao Chuí nos últimos 24 anos. Em três semanas de maio a conta já está em 12,5 bilhões de reais — e a enchente continua.

É o custo da imprevidência política com os efeitos sociais e econômicos da mudança climática.

Fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/o-custo-recorde-da-negligencia-politica-com-a-mudanca-climatica/