Cobiçado no espectro político à direita, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem recebido conselhos de interlocutores próximos para não deixar o Republicanos e se filiar ao PL, de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro.
Valdemar afirmou que Tarcísio de Freitas já deu o sinal verde para a mudança de legenda em julho, mas isso foi não foi dito pelo governador. Quem disse foi exatamente aquele que tem mais interesse na troca, o próprio Valdemar.
O que os seus correligionários afirmam é que Tarcísio pode continuar como opção forte para a direita permanecendo onde está, no Republicanos. A ida para o PL, na avaliação dessas pessoas próximas ao governador, pode se transformar na verdade em um grande complicador de seu projeto político.
Primeiramente, a legenda já está abarrotada de presenciáveis, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos Zero Um e Zero Três que sonham herdar o espólio de Jair.
Em segundo lugar, a relação com Valdemar Costa Neto é vista como um possível problema, já que o líder partidário é apontado como uma “pessoa complicada”. E, venhamos e convenhamos, é mesmo – vide as muitas passagens dele pela polícia.
Mas ainda existe um terceiro complicador.
A transferência de Tarcísio de Freitas do Republicanos para o PL é parte de uma negociação que envolve a sucessão da Câmara. Ele iria para o PL, e o Partido Liberal apoiaria o presidente do Republicanos para a Presidência da Câmara dos Deputados na sucessão de Arthur Lira.
Pois bem.
É isso mesmo que o governador de São Paulo, o mais importante estado do país, quer para ele? Virar moeda de troca na barganha entre dois partidos?
Essa é uma resposta que, na verdade, só Tarcísio de Freitas poderá dar, mas é difícil saber o que ele ganharia com a troca. É o que ao menos pensam pessoas próximas ao governador.
Fica essa avaliação de confidentes do político para a sua informação, leitor. Uma boa semana a todos.
Fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/o-que-dizem-confidentes-de-tarcisio-de-freitas-sobre-o-troca-de-partido/