O diretor e fundador da Ster Bom, Antônio Leite Jales, defende que o Estado adote um programa para construção de moradias que reduza o tempo de deslocamento para os locais de trabalho. Ele aponta que atualmente os trabalhadores das indústrias precisam fazer um longo deslocamento até chegarem onde estão instaladas as empresas. Toinho da Ster Bom afirma que um projeto com essas características, se lançado pelo Governo do RN, estaria coerente com o Plano de Ação Novo Indústria Brasil (NIB), apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e pela Presidência da República.
Ele afirma que esse programa, executado com esse critério para reduzir o tempo de deslocamento até o trabalho, iria garantir melhor qualidade de vida aos industriários, uma vez que eles teriam mais tempo de convivência com a família e lazer, ao reduzir o período que se deslocam na estrada ou ficam parados no trânsito.
O empresário destaca também que isso pode contribuir para reduzir o número de acidentes nas rodovias federais, estaduais e nas vias urbanas, uma vez que atualmente muitos industriários usam motos e bicicletas para se deslocarem entre o local onde moram e das indústrias em trechos longos, o que aumenta a possibilidade de acidentes.
“Reduziria a quantidade de acidentes, que, quando acontece, claro, é algo lamentável. É preciso evitar isso para não haver o sofrimento da possível vítima. Não podemos esquecer que isso, quando ocorre, implica em custo para o próprio estado”, alertou.
Ele narra que a moradia mais próxima facilita o cotidiano do industriário. “Muitos sonham em ter a casa própria, mas a distância excessiva entre residência e o local do trabalho até frustra essa conquista, porque implica em dificuldades”, observa. “Tenho certeza de que haveria todos esses benefícios com a moradia com uma proximidade que fosse mais favorável”, disse Toinho da Ster Bom.
Ele argumenta também que é relevante essas moradias serem construídas de forma planejada e em um programa no qual esteja incluído a previsão de infraestrutura e serviços públicos, sem os quais haveria outras dificuldades. “É preciso que tenham creche, a escola, espaço para lazer, segurança”, comentou.
Toinho da Ster Bom, que também é diretor da FIERN, citou o exemplo da própria empresa que fundou e dirige, na qual há um número significativo de colaboradores que chegam e retornam para casa de moto e bicicleta. A empresa também tem um ônibus para os que precisam de transporte em horário noturno. Mas, ainda neste caso, afirma o empresário, haveria redução do tempo de transporte, se o funcionário morasse próximo.
Ele lembra que no próprio programa Plano de Ação do Nova Indústria Brasil (NIB) consta a informação segundo a qual o tempo de deslocamento médio do brasileiro, de cada para o trabalho, é de 4,8 horas semanais. O Plano de ação do NIB definiu entre suas metas reduzir esse tempo de deslocamento em pelo menos 20%.
Então, argumenta o empresário, ao adotar um programa de industrialização no RN e incluir a meta de construir e entregar moradias próximas de empresas com uma geração de empregos significativa, o governo estadual estaria coerente com o NIB e teria, certamente, apoio e recursos da União.
Fonte: https://agorarn.com.br/ultimas/empresario-defende-construcao-de-moradias-proximas-a-empresas/